Conhecer a história do Terminal Rodoviário de Lins é ter a oportunidade de entender as profundas mudanças na cidade, desde seus aspectos arquitetônicos, estruturais e a mobilidade. Quem já andou de de Pé-de-bode? Os mais antigos se lembrarão com saudade das antigas Jardineiras. E se você gosta de fotos históricas, aí está a da primeira Jardineira da cidade.

Foto extraída do Livro “Lins e os seus pioneiros” do professor Altamiro Ghersel Ribeiro.

Segundo o professor e escritor Altamiro Ghersel Ribeiro, em seu livro “Lins e seus pioneiros”, a rua Campos Sales (antigamente chamada de Rua 1) foi a primeira concentração comercial da cidade. É essencialmente ali que Lins iniciou seu desenvolvimento.

Com a expansão da cidade precisou-se pensar em transportes motorizados, pois o emprego dos veículos de tração animal já se tornava de alguma forma ineficiente. Os primeiros automóveis começavam a surgir, inclusive à disposição de aluguel. Estamos aqui, nos reportando para década de 20. Ainda assim, nossa cidade permaneceu com o transporte de charretes (veículo leve de tração animal) por muitos anos.

A primeira estação rodoviária

Reprodução: Internet

Jardineiras foram por muitos anos um importante meio de transporte coletivo na cidade e região. O avanço tecnológico possibilitou a chegada dos primeiros ônibus. Ainda na Rua 1, estes transportavam pessoas de toda região. O aumento da frota e procura exigiam mudanças.

O famoso triângulo entre as ruas Floriano Peixoto e Rodrigues Alves foi por algum tempo o local onde era instalado a Igreja Metodista, primeira protestante em Lins, que mais tarde com o aumento expressivo de fiéis construiu um novo prédio onde até hoje está instalada à rua Tenente Gomes Ribeiro. Escrevemos uma matéria sobre e você pode acessar CLICANDO AQUI.

Essa foto foi feita sobre a torre e é possível perceber o fotógrafo registrando, no canto superior, a Igreja Metodista, antiga ocupante do terreno da rodoviária; no canto superior esquerdo, a Igreja Dom Bosco; um pouco acima a Capela N.S. Auxiliadora. Consegue encontrar outros pontos existentes até hoje? Reprodução: Internet

Foi neste triângulo que os Srs. Domingos Cucolo e Moacir Ribeiro Ferreira decidiram construir a primeira Estação Rodoviária de Lins, no início da década de 40. A obra contou com a elaboração técnica do sr. Antonio Cecci e representava a ousadia dos empresários.

Reprodução: Internet

Lá estava ela, suntuosa e marcando época de glorioso crescimento na cidade. Logo a região se tornaria o novo centro comercial. Antes de se sonhar haver o nosso Calçadão 21 de Abril, já imperava com reconhecimento regional nossa primeira rodoviária. Ali perto existe a Joalheria Porta de Ouro que pertence ao sr. Mauro, ciclista que nos deu o prazer de escrever uma matéria contando seu feito esportivo e você pode conhecer clicando aqui. Conforme apresentado na matéria, o sr. Mauro viu de perto as mudanças naquela área da cidade.

Passageiros aguardando Reprodução: Internet

A torre, que até hoje está mantida, possuiu por algum tempo elemento publicitário em seu topo, enquanto em solo dispunha de bombas de combustível para abastecimento dos veículos. Quais são as suas memórias deste local? Deixe-as registradas nos comentários.

Reprodução: Internet

E a Estação Rodoviária tornou-se pequena…

A Gazeta de Lins em 9 de Agosto de 1966 publicou comentário de um visitante paulista

E estamos prestes a falar das próximas transformações. A cidade não parou de crescer e, consequentemente, o fluxo de veículos já não estava adequado para a estação. Chegou o tempo de refletir sobre a construção de um novo espaço. E foi exatamente assim!

Logo após sua desativação, foi instalado nas dependências pequenas lojas comerciais e bares. Mais tarde foi demolido preservando-se sua torre que, embora alta, tornou-se pequena diante dos dois edifícios construídos ali, popularmente conhecidos como “cenourão” por terem coloração semelhante ao legume. São as duas torres gêmeas da cidade.

A demolição da antiga rodoviária Reprodução: Internet

O novo Terminal Rodoviário

Recorte do Jornal A Gazeta de Lins do dia 24 de Janeiro de 1968

As mudanças estruturais são inevitáveis. O novo terminal seria construído a margem da avenida Tiradentes, embora a “Baixada do Campestre”, como era conhecida a região à época, o local sofria certo “desprestigio popular” por ser uma área que até o momento era considerada imprópria, os estudos técnicos apontavam ser ali uma excelente localização. Os desafios estruturais eram grandes desde pavimentação, incluindo mudanças de estruturas históricas, como foi o caso do famoso pontilhão da avenida Arquiteto Luiz Saia. Escrevemos sobre isso e você pode acessar CLICANDO AQUI.

A obra sofreu interrupções e despertava inúmeras discussões, até que em dezembro de 1974 o sr. Prefeito Rubens Furquim decidiu pela continuidade e determinou previsão de conclusão em meados do ano seguinte.

Recorte do Jornal A Gazeta de Lins em 12 de Dezembro de 1974

Inaugurado o terminal, conta com terminal de transporte coletivo urbano e intermunicipal e recebe pessoas de todo Brasil. Tem diversas empresas instaladas, além de uma lanchonete com produtos muito saborosos. Tem saguão de espera confortável com TV, sanitários, caixa bancário de autoatendimento e guarda municipal 24 horas. Já passou por reformas importantes, inclusive você pode perceber na foto abaixo.

Aproveite para conhecer os horários dos ônibus:

Horário de ônibus urbano

Horário de ônibus intermunicipal

Foto: Gabriel Cintra @the.maicao Rodoviária de Lins à noite

Neste vídeo aéreo, feito pela Vanessa para o canal no Youtube Vanspilla, você pode conhecer um pouco mais da estrutura mesmo que o vídeo seja de 2019 e o local já tenha recebido algumas mudanças. Por exemplo, a reposição da ponte que liga a marginal Tiradentes `Oswaldo Cruz


Ponto de partidas, recomeços, mudanças e oportunidades. Qual fato liga você e marca sua vida com o Terminal Rodoviário de Lins? Conte para nós!


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