Uma pergunta que muita gente já fez: Por que Lins tem um fuzil e um capacete bem na entrada da cidade? Nesta importante entrada do município, os que são trazidos pelas rodovias que cortam o estado de São Paulo (Rodovia Marechal Rondon) e, ainda quase todo o Brasil (Rodovia Transbrasiliana BR 153), sempre passam por este monumento histórico.

Ao visitante pode passar despercebido por estar em uma rotatória de intenso movimento e, por isso, a atenção está voltada para as questões do trânsito, ou por ser um monumento de pequenas dimensões ou, ainda, o entusiasmo do visitante diante de tantas coisas a serem observadas nesta primeira impressão.

Rua Floriano Peixoto Entrada de Lins Imagem: Google Maps

Mas fato é que ao mostramos esta riqueza histórica do monumento através de um vídeo, trouxe grande surpresa, alegria, gratidão e apreciação em todo país. Assista:

A história representada

O monumento é uma homenagem ao Exército Brasileiro, em especial aos valentes linenses que participaram da Força Expedicionária Brasileira durante a Segunda Guerra Mundial.

Foto: Gestour

De acordo com as informações que obtivemos no Museu Histórico de Lins, o primeiro Batalhão do Exército se instalou aqui no dia 12 de dezembro de 1942. Foi um dos primeiros batalhões a desembarcar na Itália. Dada as limitações de comunicação, pouco se sabia das participações dos expedicionários por lá e, especialmente, já no final do conflito, em 1945, organizou-se uma grande festa para recebê-los e ter deles mesmos as notícias dos embates.

De Lins, 26 soldados foram para Segunda Guerra, compondo a Força Expedicionária Brasileira (FEB), sendo que três deles morreram em combate. Ainda segundo os arquivos do Museu de Lins, há outros linenses que participaram da guerra, mas partindo de batalhões de outras localidades.

Trecho de um documento pertencente ao Museu Histórico de Lins

O cenário da cidade

Em 3 de setembro de 1972, o Jornal Gazeta de Lins publicou em sua capa duas reportagens que ajudam a compreender com mais profundidade o fato.

Recorte do Jornal Gazeta de Lins de 3 de setembro de 1972

Primeiro, ações comemorativas ao Sesquicentenário da Proclamação da Independência do Brasil. O 7 de setembro estava se aproximando e os preparativos para o grande desfile aconteciam. Verdadeira massa humana se organizava para prestigiar os atos cívicos nas ruas. Esta foto de 1984, publicada no Jornal Correio de Lins, dá uma real noção do ajuntamento de pessoas para acompanhar os desfiles.

Foto: Correio de Lins publicado em 1984

Uma data de muito movimento

No 7 de setembro de 1972, em diversas áreas da cidade aconteciam eventos comemorativos:

– Hasteamento da bandeira nas Praça Cel. Piza às 8h ao som da Banda Municipal
– Salva de Tiros oficializa a abertura dos eventos
– Desfile de diversas entidades e corporações no estádio municipal
– Queima de fogos

Chama atenção uma cena que deve ter sido linda: o povo foi motivado a levar lenços e bandeirinhas para acenar. Imagine isso em sua mente.

Enfim, a Praça dos Expedicionários

No mesmo dia das intensas comemorações cívicas, um sistema de iluminação é inaugurado na cidade na via de acesso a Rodovia Marechal Rondon.

Com a presença da Fanfarra do 37º Batalhão de Infantaria Motorizada (atualmente, 37º Batalhão de Infantaria Leve – BIL), fez uso da palavra o prefeito municipal Dr. Rubens Furquim. Após descerrar a placa, passamos a ter acesso aos nomes dos homenageados. A composição do monumento foi elaborada pelo prefeito, revelando sua profunda capacidade de entendimento e valorização do fato.

O fuzil fincado no pedestal com o capacete em cima da coronha simboliza o ato que é feito pelos companheiros de um soldado morto em combate. Após o sepultamento, o fuzil e o capacete são postos desta forma ao lado da sepultura. Que significado poderoso!

 Hulton Archive/Getty Images/VEJA https://veja.abril.com.br/mundo/as-armas-que-ceifaram-uma-geracao-na-i-guerra-mundial/

Assim, apresentamos mais esta riqueza da nossa cidade. O monumento é uma oportunidade de trazer à tona a memória da importância destes valentes que, somados a outros muitos, buscaram cumprir seus propósitos e missão.


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2 COMENTÁRIOS

  1. Maravilha lembrar da minha terra querida. Parabéns.
    Gostaria que você postasse a história de Maria Cintra. Contato de primeiro grau com extra terrestre.
    Moro atualmente próximo só ITA. Onde dizem estar registrado esta história.

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