O escritor Mário Prata é Linense e trouxe muito orgulho à nossa cidade, quando uma novela por ele escrita foi produzida e veiculada na Rede Globo de televisão.

Lins, terra inesquecível e amada

A gente pode sair de Lins, mas Lins não sai da gente. E isso pode ser expressado de muitas formas. Mas o protagonista da nossa história tem inúmeras formas de apresentar sua gratidão e amor a cidade que abriga a história da sua família.

Mário Alberto Prata, 75, nasceu em Uberaba-MG, mas foi criado em Lins. Filho do Dr. Alberto Prata Júnior e Dídia C. M. Prata, demonstrava seu apego a literatura desde cedo.

Reprodução: Internet

O começo literário

O jornal A Gazeta de Lins foi o recipiente inicial do autor. Em uma máquina de escrever antiga, começou a assinar uma coluna social. Seu pseudônimo (nome fictício como alternativa ao nome real) era Franco Abbiazzi. Em 1969 lançou seu primeiro livro chamado “O morto que morreu de rir”. Como nossa missão não é esgotar todo assunto que envolve o autor, recomendamos o acesso ao seu artigo público no site Wikipédia, e ainda seu site pessoal.

Ainda estudou Economia na USP em São Paulo e foi bancário por 8 anos, mas foi na literatura que o coração encontrou aconchego e sua mente pode voar alto. Passou a escrever diversos trabalhos literários despertando a atenção de grandes gênios. Passou a escrever novelas e construiu sucesso absoluto com “Estúpido Cupido”.

A novela e o entusiasmo linense

“Cordão Umbilical” e “Se a gente ganhar a guerra” foram duas peças teatrais de grande sucesso em longas temporadas. Mas o melhor estava por vir.

A mesma folha para qual o ilustre escreveu seus primeiros artigos, é a que noticia a estreia do seu primeiro grande trunfo; claro que as demais folhas locais também faziam festa.

Embora eu ainda não havia nascido, fico imaginando que o assunto principal na cidade era este.

Uma quarta feira, 25 de agosto de 1976 as 19 horas, entraria no ar a novela “Estúpido Cúpido.”

Os jornais locais anunciavam as programações da tv. Quanto orgulho não deve ter sido aos linenses verem a obra de um conterrâneo aparecendo ali.

A obra que o consagraria na tv tem fatos interessantes e que não deveríamos deixar passar. Vamos a eles:

1. A cidade em que transcorre a história se chama Albuquerque, nome que Lins carregava acrescido e que escrevemos um pouco sobre, e você pode ler clicando aqui. Há rumores de ter sido gravado em Lins, mas não foi. No entanto, o nome da cidade pode ser uma expressão de carinho a Lins.

Frame em que aparece o nome fictício Albuquerque

Anos depois, a novela Bang Bang também escrita por Mário Prata, transcorreu na fictícia Albuquerque.

2. Foi a última novela da Rede Globo transmitida em preto e branco. Ela teve 160 capítulos e foi exibida até fevereiro de 1977.

3. Apesar de ser a última novela em preto e branco, uma novidade foi estreada de modo como que “secreto”: Seu último capítulo foi gravado em cores, e o elenco não sabia. Imagina a euforia que deve ter tomado conta deles quando descobriram. Assista no link abaixo o capítulo, inclusive com os personagens falando sobre tv em cores.

4. Houve uma reconstituição real do concurso Miss Brasil de 1961, no ginásio do Maracanãzinho (RJ) e com os apresentadores reais do concurso, com um público de 10 mil pessoas, e as reações e resultados também são reais.

5. Segundo alguns relatos, ao desejar pesquisar sobre as músicas de sucesso na década de 60, foi até a Rádio Alvorada de Lins, e encontrou ainda arquivos gravados em 1969, da ocasião do concurso de Miss.

6. Um dos personagens da novela é cogitado como sendo uma autobiográfica do autor, por entre outras razões, a de este ser incentivado pelo pai para fazer um concurso bancário, fato este praticado por Mario Prata. Mário afirma que não se trata de uma autobiografia, mas que os personagens tem um pouco de si.

7. No link abaixo você poderá assistir o ponto em que se menciona um fato de inspeção por parte da Petrobrás em busca de petróleo, o que também ocorreu em Lins. Veja primeiro o trecho mencionado na novela.

Ainda temos um artigo relatando o fato ocorrido em 1959, 2 anos antes em que a novela se propõe apresentar.

Petrobrás em Lins? Saiba quais são os mistérios sobre as águas milagrosas da nossa cidade

8. A cena em que aparece o colégio com o nome Nossa Senhora Auxiliadora, mesmo se não for uma referência direta, está presente em Lins desde 1929.

Por falar em nome, ainda se observar o ano apresentado nas primeiras cenas é 1961, e só a título de curiosidade, mesmo se a imagem for virada verticalmente, a representação é a mesma, veja:

Frame da Novela Estúpido Cupido em seu primeiro capítulo

9. A novela teria outro nome. Inicialmente chamaria “Parece que foi ontem”; como foi considerado muito vago, passou a se chamar “Estúpido cupido”.

10. E por fim, Mário Prata é torcedor do Linense. Não se esqueceu do clube da sua cidade.

Reprodução: Internet

Consagrado, escreveu outras novelas, obras e livros. Como é bom saber que nossa terra é orgulhosamente apresentada ao país através da arte.

E claro, há ainda outros fatos que podem serem acrescidos a este artigo. Que tal nos ajudar a completar o artigo. Então, fique à vontade, e conte pra gente nos comentários.  


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