É impossível imaginar nossas vidas sem automóveis, não é mesmo?
É curioso pensarmos que há 100 anos carros eram raríssimos em nossa cidade. Afinal, Lençóis sempre possuiu uma população mais rural que urbana. Então, que tal descobrir a história por trás do primeiro automóvel de passeio em Lençóis e como ele transformou nossa cidade? Confira:
Necessidade
Lençóis possui bairros distantes que se tornam verdadeiras viagens caso não possua um meio de transporte. Como, por exemplo, ir até o Corvo Branco, a Fartura e o São Judas Tadeu, verdadeiros bairros-colônias em atividade.
E mesmo hoje com a modernidade necessitamos de meios de transporte. Por exemplo, para se atravessar a cidade partindo do Jardim do Caju e indo até o Senai se não utilizar um ônibus ou carro será uma caminhada de uma até duas horas. Algo exaustivo.
Progresso
E sempre foi assim. As fundações de Lençóis remetem a famílias se estabelecendo em longas distância umas das outras e criando suas pequenas comunidades, que se tornaram bairros como a Vila Contente e o Júlio Ferrari, que logo foram absorvidas pela cidade.
E veio de uma destas famílias a locomotiva do progresso e o desejo de se mover para vender suas produções agrícolas e visitar os companheiros que se distanciavam geograficamente no município.
Percebendo que o único caminho para alavancar sua comercialização de plantios colhidos seria visitar os possíveis compradores, o Senhor Antonio Moretto decidiu adquirir algo inédito na pequena Cidade do Livro dos anos 1920: o primeiro automóvel de Lençóis Paulista.
O primeiro carro de Lençóis
O casal Antonio e Dolores Moretto já eram conhecidos e influentes na cidade. Possuíam suas terras na Vila Cachoeirinha, onde criaram raízes e geraram seus filhos.
E ali, em suas terras realizavam plantios que geraram renda e poder aquisitivo o suficiente para que realizassem o sonho de possuir o próprio veículo.
Relatos comentam que a cidade parou ao passarem pelas ruas com seu Ford 1920 de cor preta e que o seu motor gerava sons como de um trovão.
Controversa
Os historiadores daquele período se contradizem em alguns pontos alegando outra narrativa, tornando a primeira controversa.
Alexandre Chitto, por exemplo, escreveu que em 1912 os senhores Luiz Borin e Francisco Fole trouxeram um veículo para a cidade, porém nao se sabe o modelo nem há outros registros, o que torna um enigma!
Continuando suas pesquisas, o historiador alegou que em 1921 a cidade possuía dois carros e um caminhão, sendo possível um deles ser o da família Moretto.
Já em 1923, se encontravam 72 automóveis, 15 caminhões e quatro tratores estacionados pelas ruas da progressista Lençóis Paulista dos longínquos anos 1920.
Fato é, se não fossem os pioneiros a adquirirem seus veículos Lençóis não teria evoluído como uma cidade pronta para o futuro e hoje não conseguimos imaginar uma rua sequer da cidade sem um automóvel.
Fontes de consultas e pesquisas históricas: Grandes Famílias de Lençóis e Macatuba – Projeto: Moisés Rocha, Texto: Marcos Paulo da Silva e Conceição Giglioli Carpanezi – Editora Folha Popular.
Lençóis Paulista Conta sua História – 150 Anos – Autores: Professores e Historiadores Edson Fernandes e Cristiano Guirado.
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