Nossa cidade é cheia de mulheres incríveis!

Pensando nisso, durante o Mês da Mulher, contamos algumas histórias de bauruenses que superaram as barreiras do machismo e foram em busca de seus sonhos, como a Daiane, Rosângela, Alessandra e Hethini!

Hoje, fechamos essa série de reportagens com chave de ouro, contando a história da Vera Paschoalino (68), diretora responsável da Secretaria Municipal de Administrações Regionais do Bela Vista e reeducandos que realizam serviços de manutenção.

Vera
“A idade nunca foi um impedimento para que eu fizesse nenhum serviço pesado”, conta Vera. Foto: Arquivo pessoal

Trabalho pesado e empatia

“Durante toda minha vida, desde os 12 anos mais ou menos, eu comecei a trabalhar com serviços pesados como capinação, pintura e auxiliar de construção civil. Também já fui retireira de sítio e tomei conta de equipes de peões desde muito nova”, conta dona Vera com orgulho.

Atualmente, ela coordena os serviços de manutenção do Regional Bela Vista, realizados por funcionários reeducandos do Centro de Progressão Penitenciária “Dr. Alberto Brocchieri” de Bauru, mais conhecido como CPP 1.

“A tia cuida da gente com muito respeito e carinho, é um exemplo”, conta um dos reeducandos. “Ela acredita e dá oportunidade de podermos trabalhar e recomeçar a vida”, diz outro.

O amor fala mais alto que tudo, sabe? Se a gente não passar amor para esses meninos, como vamos cobrar isso deles no dia de amanhã? Acordo 4 horas da manhã para conseguir deixar o café deles tudo pronto, certinho, pra poderem chegar, comer bem e irmos pegar no pesado

conta Vera emocionada.
Vera
Dona Vera trabalhando em uma das obras do bairro Bela Vista. Foro: Arquivo pessoal

Projetos sociais

Além da contribuição com os serviços de manutenção da nossa cidade, Vera também fundou a primeira horta comunitária de Bauru e esteve à frente da Associação de Moradores da Vila Dutra durante mais de 20 anos, reivindicando os direitos da população.

Ela tem uma história incrível, não é? Apesar de tudo isso, ainda precisa enfrentar situações de machismo por estar em um ambiente quase majoritariamente masculino.

Preconceito

“Meu trabalho é pesado, então tem que usar botina, calça comprida, boné por causa do sol. Muitas pessoas fazem várias brincadeiras de mal gosto e comentários bem maldosos. Mas o importante é que eu sei a mulher que eu sou

Com o apoio dos filhos, marido e outros familiares, ela enfrenta barreiras e mostra que é capaz de desempenhar qualquer serviço, independentemente de seu gênero ou idade.

Como eu cresci nesse meio e tive que aprender a fazer trabalhos mais pesados desde muito cedo, percebi que sou capaz. Qualquer comentário maldoso entra por um ouvido e sai pelo outro, afinal, não vai me acrescentar em nada. Sempre fui muito feliz e grata fazendo o que faço, isso é o que importa.

Para as mulheres que têm medo de trabalhar com o que gostam por conta do machismo e preconceito, dona Vera deixa uma mensagem inspiradora:

A gente tem que ter na consciência que somos mulheres de luta! Esse papo de que somos frágeis não é verdade. Qualquer mulher tem capacidade de fazer qualquer coisa que quiser, o importante é fazer com amor

finaliza com orgulho

Viu só como nossa cidade tem mulheres incríveis?

Vamos valorizar as profissionais locais e respeita-las!


Confira essa e outras histórias de Bauru no site da Solutudo Bauru!

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2 COMENTÁRIOS

  1. Merecida homenagem a D.Vera Pascoalino, ela é tudo isto mesmo citado acima e mais algumas coisas, vou citar mais uma apenas pois a conheço a muitos anos e acho importante acrescentar está, o coração de mãe que tem como ela dava carinho e atenção isto eu vi então falo. Parabéns.

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