O disco de vinil é um material plástico, normalmente feito de PVC, que registra informações em áudio e podem ser reproduzidas através de um toca-discos.

Esse item acabou tornando-se raro nos mercados após a chegada de novos meios de reprodução musical, como CDs, DVDs, MP3, entre outros. Consequentemente, essa raridade fez com que muitos amantes da música optassem em guardar seus discos de recordação, dando início a sua coleção.

Rock & MPB

O fotógrafo Paulo Miguel, possui estimados quatro mil discos espalhados em estantes de sua casa. Incentivado pelo bom gosto musical do pai, deu início em sua coleção há mais de 40 anos e, desde então, continua adquirindo itens em lojas físicas ou virtuais.

Suas irmãs mais velhas também tiveram contato com o vinil, onde puderam ouvir Beatles, jovem guarda e música pop.

“Quando pequeno, não tinha nem televisão nas casas das famílias brasileiras, apenas o rádio ou vitrola com os bolachas (discos). O que faz você colecionar é primeiro gostar de música. Então, possuir seus próprios discos e saber cuidar deles, pois são muito delicados, é uma opção para ter qualidade no que ouvir”, comenta.

Segundo o fotógrafo, parte da coleção foi obtida em lojas físicas e feiras de São Paulo, “sebos” em várias cidades, mercado livre e gravadoras pela internet. Além desses, Paulo também coleciona câmeras fotográficas.

Dentre essas quatro mil histórias diferentes para conseguir seus discos, existe uma em especial que ficou guardada na lembrança do colecionador.

“Tenho vários discos raros e importantes para colecionadores. Houve muitas histórias, mas para falar de um que tenho grande carinho é o disco do Chico Mário (músico carioca irmão do Henfil e do Betinho). Queria muito um disco dele que faltava em minha coleção e, depois de postar um texto em um grupo de colecionadores, o filho dele ficou sabendo e me mandou o disco de presente”, relata.

Histórias Infantis

A mãe da auxiliar de enfermagem Amanda Gusmão, sempre foi uma grande amante dos discos musicais. Tradição essa, que resolveu passar para as filhas, uma coleção com cerca de 60 discos de histórias infantis, dos quais foram divididos entre Amanda e sua irmã.

“Quando fui morar sozinha, com 18 anos, minha mãe me deu os discos e, desde então, eu os guardo com muito carinho. Hoje, tenho 36 anos e meus filhos têm o privilégio de ouvir as histórias que eu ouvia, em vinil, as cantigas dentro das histórias. É um mundo totalmente diferente e mágico. Tenho muito orgulho de ter apresentado esse “universo” do vinil aos meus filhos”, conta.

Amanda chegou a procurar por discos na linha infantil em sites, mas devido ao insucesso da compra, não conseguiu aumentar a coleção. Além dos discos, a auxiliar também coleciona papel de carta e, dentre as 60 histórias já ouvidas, ela ressalta suas duas favoritas.

“O da Branca de Neve, que tem a gravação original da trilha sonora do filme, e Peter Pan são os meus preferidos. Alguns, ainda tem o preço que minha mãe pagou na época. Eu lembro que quando era pequena, ficava encantada com as cores dos discos”, ressalta.

Música Nacional

Influenciado por amigos músicos e DJs, Thiago Lima teve seu primeiro contato com o vinil ainda na infância, por indicação dos pais. Apesar de colecionar discos há apenas um ano, seus itens chegam a mil, onde foram comprados através de redes sociais, sites, feiras e, principalmente, ir para a rua e procurar pelos discos onde quer que estejam.

“Eu gosto dos discos pela sonoridade e também por ele não ser tão popular, é uma paixão mesmo. Acredito que o fato de eu ser músico sempre deixou o disco envolvido. Hoje, me enquadro na classe dos “diggins” (colecionadores de discos)”, diz.

Pelo fato de explorar compras de discos nos domicílios das pessoas, apesar de ser uma prática perigosa, Thiago diz que isso lhe rendeu várias histórias.

O músico também relata sua admiração por discos de compositores nacionais, que segundo ele, são os mais caros do mundo nesse formato de música, chegando até 25 mil reais.

“Já teve vez de comprar apenas o disco e pagar uma ‘mixaria’, e tempo depois, encontrar a capa dele em outro lugar, daí consegui reunir os dois, que hoje valem cerca de 2 mil. É esse tipo de disco que eu gosto, os raros e difíceis de achar”, finaliza.

Colecionadores relatam suas paixões e trajetórias com discos de vinil
Parte dos discos de Thiago estão guardados em caixotes. (Foto: Arquivp Pessoal)

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