Eles estão desaparecendo das cidades brasileiras e, em Presidente Prudente, não é diferente. Os telefones públicos, mais conhecidos como orelhões caíram no desuso, principalmente após a chegada dos celulares. Pois é! Nos últimos 20 anos, os aparelhos têm sumido das ruas das cidades.

O orelhão teve inauguração para o público em janeiro de 1972, quando foram instalados no dia 20 no Rio de Janeiro e no dia 25 em São Paulo. Foi um avanço enorme, não é mesmo? Primeiro para usá-los era preciso comprar fichas, depois cartões. No início, ficava espalhado pelas ruas com uma cobertura que lembrava uma orelha, daí o ‘apelido’ orelhão.

Além disso, eles bateram seu recorde em 2001, segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o país chegou a ter cerca de 1 milhão e 380 mil aparelhos.

A quantidade de orelhões era tanta que foi preciso inovar. Um dos grandes marcos foi a troca de fichas para os cartões telefônicos, e as imagens que ficavam nos versos dos cartões, passou a chamou muitas atenções, principalmente de colecionadores. Esse foi o caso de Marco Aurélio Cabral, que chegou a guardar cerca de 600 cartões telefônicos.

“Meu avô colecionava moedas antigas e chaveiros e isso acabou me inspirando. Como os cartões eram muito populares e de fácil acesso, em 1999 comecei minha própria coleção”, comenta ele.

A coleção de cartões que Marco guarda há anos (Foto: Arquivo Pessoal)

E não pense que havia um tipo específico. Segundo ele, todos que ele ganhava, acrescentava em sua coleção. “Sempre tentando agrupar por categorias, por exemplo: paisagens, animais, filmes, novelas e obras de arte. Não havia um tipo em especial, na época teve cartões que vinham imagem de algumas séries”, afirma Marco.

Na cidade de Presidente Prudente, os orelhões ainda são utilizados, claro, que em uma frequência bem menor. Para você ter uma ideia, em 2007 eram 1700 telefones públicos na cidade, mas, atualmente, existem apenas 230 aparelhos, sendo que desses, 23 estão em manutenção.

Ainda de acordo com a Anatel, os orelhões instalados em estabelecimentos de ensino, de saúde, de segurança pública e terminais rodoviários são os mais utilizados pela população.

Em plena era tecnológica, quem já conectou tantas pessoas vem deixando uma nostalgia gostosa para quem já passou dos 40 anos.

E essas relíquias precisam ser lembradas! Marco finaliza dizendo que com a ausência do uso de cartões e do telefone público, ele faria uma boa ação: a doação!

Cartões telefônicos divididos por categoria (Foto: Arquivo Pessoal)

“Com certeza eu doaria a minha coleção para um Museu, porque a história precisa ser preservada e compartilhada com as futuras gerações”, finaliza Marco.  


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