Em uma pesquisa rápida no Google, o significado da palavra camelô é descrito como comerciante de artigos diversos e bugigangas que se instala provisoriamente em ruas e calçadas.

Realmente, em Ourinhos já foi dessa maneira, mas já faz algum tempo que o camelódromo é regularizado. E em algum dia, sem sombra de dúvida, alguém já parou para pensar sobre quem foram os pioneiros do camelô ourinhense. Um deles é a Valéria Marafioti.

Da capital para o interior

Valéria casou-se muito cedo e aos 23 anos decidiu sair de São Paulo capital e vim para Ourinhos, em 1995. O seu marido veio determinado a conquistar um emprego, mas não obteve sucesso. A saída foi montar uma lojinha de camelô na Praça do Caló, local onde começou a surgir os primeiros comerciantes.

Valéria e Luiz, seu marido. Foto: arquivo pessoal

O tempo foi passando e o espaço começou a ser mais observado pelas autoridades públicas. Valéria lembra com alegria o dia que o camelô começou a ser padronizado na gestão do prefeito Claury Santos Alves da Silva.

“Desde o início até agora, eu vivenciei grandes mudanças. No começo, ao fim do expediente, nós sempre levávamos os produtos embora para casa. Aí com a possibilidade de manter um padrão entre os comerciantes, nós enxergamos como um sinal de melhoria e confiança do local onde estávamos trabalhando”, conta Valéria.

Mas o melhor ainda estava por vir! Na gestão do Toshio Misato foi quando o camelódromo foi regularizado na rua Doutor Antônio Prado.

“Aqui nós temos uma estrutura incrível, pode chover ou fazer sol que eu sempre estarei aqui confiante no meu trabalho. Estou à disposição dos meus clientes toda vez que eles precisarem”, exalta a camelô.

Lucena

O nome da loja é em razão do sobrenome do marido que se chama Luiz Pereira de Lucena Neto. A venda chefe do casal são artigos para pesca e eletrônicos, além de acessórios.

“Nós tratamos muito bem nossos clientes, o melhor possível dando garantia e confiança. É essa relação de anos com as pessoas que faz sermos quem somos hoje e continuamos firmes e fortes no camelódromo”, explica Valéria.

O segredo do sucesso de uma das pioneiras em vendas de rua é a persistência. É querer fazer o melhor naquilo em que trabalha, é buscar o reconhecimento na cidade e servir da melhor maneira o cliente, que são peças fundamentais para o crescimento da Lucena. Aliás, Valéria afirma que todos ali instalados são considerados como uma família.

“… Porque estamos no mesmo barco. Às vezes, algum quer mandar mais que todos, mas somos todos iguais e o sol nasce para todos nós”.

Futuro

Com 27 anos de experiência como comerciante de camelô, para o futuro Valéria só tem um desejo pessoal e específico.

“Eu quero me aposentar trabalhando na minha loja, encerrar este ciclo. Aqui é o que eu sei fazer e amo de paixão. E ao meu lado tenho a minha filha, ela já tem a sua própria loja aqui no camelô. Estamos passando todo o nosso conhecimento para ela, desejamos que tenha sucesso como nós tivemos, ainda temos e teremos até o fim da Lucena”, finaliza Valéria.


Realmente, uma história de muitas lutas que resultaram em sucesso e confiança dos clientes. E você aí, conhece algum outro camelô antigo na cidade? Conte para nós!


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