Os pais de Ourinhos foram o café e a ferrovia (os trilhos da locomotiva) e o trem de ferro como padrinho. Tudo começou há 100 anos com uma pequena estação ferroviária, local que foi construído para ser a parada do trem que estava presente em todo o interior do estado por causa do café.

Já em questão de movimentação de passageiros, foi algo grandioso em 1960. O trem predileto das pessoas era o que vinha de Presidente Prudente, deixava Ourinhos às 20 horas e chegava, aproximadamente, às 06 horas da manhã em São Paulo.

Chegada do trem. Foto: blog Memórias Ourinhenses

Inclusive, havia algumas pessoas que iam até Salto Grande pegar o trem de lá para garantir o melhor assento no vagão. Os mais famosos eram o “Ouro Verde” e o “Pulmann”, eram de aço com cabines e restaurante. Quem não iria querer, não é mesmo?!

Como os aviões fazem escalas, o trem também fazia e a mais demorada era em Botucatu. Comum as pessoas descerem do vagão para andar e relaxar um pouco até o trem voltar a andar pelos trilhos.

Primeira estação. Foto: blog Memórias Ourinhenses

 A Estação Central era composta por uma porta de ferro muito bem trabalhada e no seu interior estavam localizadas as bilheterias. Na roleta picotava os bilhetes para entrar na plataforma, além de que na estação tinha também um bar.

Em 1950. Foto: blog Memórias Ourinhenses
Estação Sorocabana. Foto: blog Memórias Ourinhenses/Francisco de Almeida Lopes

O mais legal é que, naquela época, era muito fácil perceber a presença e existência de outros meios de veículo na cidade, afinal ficavam, quase que sempre, na frente da estação. Por exemplo, carros, carroças e jardineiras. Será que seria uma espécie de taxi? Fica aí a reflexão!

Em 1960, a nova estação. Foto: blog Memórias Ourinhenses / Francisco de Almeida Leite

E na imprensa, em um jornal impresso, algum repórter mantinha uma coluna chamada “Itinerantes” para dizer quem eram as pessoas que partiram para os seus destinos e quem chegava em Ourinhos. O professor Luciano Corrêa Silva até fez um soneto sobre isso:

“Viagem”:

Estação, foste a primeira

noutros tempos da cidade.

Cortejou-te a realeza

nos quartéis da mocidade.

Nos quartéis da mocidade.

Agora te vejo presa

Ao destino que invade,

Me trazendo mais tristeza

Pelos trilhos da saudade.

Ontem, pompa e fidalguia:

Hoje, pobre e abandonada…

Velha estação, que ironia,

Quanta lembrança perdida,

Com tanto trem de chegada,

Como muito mais partida!…

Esta estação serviu a cidade até 1964, momento em que foi inaugurada uma nova pelo Govenador Ademar de Barros. Nos anos de 1970, o trem foi desativada e começou a trabalhar somente para transporte de carga, como é até hoje.

O trem de ferro. Foto: blog Memórias Ourinhenses/Francisco de Almeida Lopes

Fonte: Blog Memórias Ourinhenses


Quem se lembra desta época em Ourinhos? Conte para suas recordações!


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