Figuras e figuras já passaram por Ourinhos, como o sapateiro sérvio e o fotógrafo alemão. São pessoas que por alguma razão marcam a história da nossa cidade de uma maneira especial. E todas devem ser lembradas com muito carinho e valorização.

Duas destas pessoas são o André Kotik e Victor Kaniney, um suposto nobre, que deixaram alguns mistérios no ar sobre as suas vidas. Qualquer informação sobre a dupla é tudo baseado em relatos de amigos ou vizinhos.

André nasceu na região de Livov, na Ucrânia. Um local que por muito tempo foi tomado por tártaros, lituanos, poloneses e russos. Já Victor, é polonês que cresceu falando em russo fluente e veio sozinho ao Brasil na década de 20 a 30.

O objetivo para a vinda era ver o ouro que havia aqui. Informação relembrada pelas famílias Gurtovenko e Chuminski, principalmente por Joçao Chuminski, amigo de André. Kotik buscou se especializar em máquinas a vapor e trabalhou na Estrada de Ferro São Paulo-Paraná, no tempo dos ingleses em Ourinhos.

O pior estava por vim. Quebrou as duas pernas em um acidente de trabalho e ficou manco, mas conseguiu se recuperar e recebeu uma boa indenização dos ingleses. Era grana suficiente para comprar terras e viver das rendas destes espaços. Ele residia nos fundos da alfaiataria de Paulo Nadolenko até a sua morte.

Uma comunidade de pessoas com a língua russa, era comum ser encontrada com frequência na alfaiataria e ligava-se com Victor Kaninev. Um rapaz alto, de andar elegnte, gestos lentos e dono de uma residência que vendia e consertava rádios na praça Mello Peixoto. Era vizinho da Foto Machado, Ótica Paris, as alfaiatarias Casseta e Silva e a loja Singer.

Era de sangue azul mesmo?

Todos os dias, em média duas vezes, ele atravessava a praça para degustar de um café delicioso no Paulista ou uma refeição no Bar Central. Aliás, sempre usava chapéu. Ele dizia ser membro da guarda militar do czar da Rússia.

Foi com a revolução bolchevique, em 1917, que Victor deixou o seu país e se autoconsiderava um refugiado político. Era conservado e evitava confusões. Em Ourinhos, sua moradia era nos fundos de sua loja e depois de criar uma ligação com a família Abuhamed, proprietários do Bar Central, mudou-se para a casa deles. Em 1978, veio ao óbito.

Fonte: “Ourinhos-Memórias de uma Cidade Paulista” – Jefferson Del Rios (livro)


É cada lembrança, uma mais legal que a outra!


LEIA TAMBÉM

–> O severo professor Oswaldo Pasqualini do curso preparatório para o ginásio em Ourinhos

–> Em 1931, o Príncipe de Gales esteve em Ourinhos pelos trilhos do trem

–> Como era Ourinhos em 1950? Confira as imagens


Gostou desse conteúdo? Deixe seu comentário no campo abaixo! E se você conhece alguma história bacana de Ourinhos e quer que ela seja contada aqui, entre em contato pelo e-mail: [email protected]

Siga a Solutudo Ourinhos nas mídias sociais:

CLIQUE AQUI PARA O FACEBOOK!

CLIQUE AQUI PARA O INSTAGRAM!

Avalie este conteúdo

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor, deixe o seu comentário
Por favor insira o seu nome aqui