A pessoa que conhece muito bem alguns detalhes da história de Ourinhos, sabe que o café foi o pai da cidade e a mãe era a ferrovia. O motivo é que a plantação deste alimento foi algo extremamente comum no país e chegou em nossa região no século XIX.

O avanço da safra estava tão grande que foi preciso caminhar em direção à região do Paranapanema, consequentemente trouxe vários cafeicultores para as terras paulistas e paranaenses.

Foi assim que surgiu o primeiro povoado com o nome de Ourinho e uma estação ferroviária da Estrada de Ferro Sorocabana. Somente em 13 de dezembro de 1918 que o local foi emancipado como município com o nome Ourinhos. Aliás, há uma reportagem especial deste assunto em nosso site – clique aqui!

Quadro “Colheita do café” de Antonio Ferrigno, 1903, que está no Museu do Ipiranga. Foto: Jornal Biz

O café foi o produto agrícola que mais movimentou a economia da cidade, mas também houve plantações de algodão, alfafa e muitos outros que marcaram a ruralidade de Ourinhos.

E até 1950, a cidade foi rodeada pelo café e delineada pela ferrovia. Algo que fez criar a expressão da cidade ser reconhecida por “acima da linha” e “abaixo da linha” que dividia as localizadas destas preciosidades do município. Uma frase popular que está na boca do povo até nos dias de hoje.

Nesta época, já aproximava de 22 mil habitantes e a maior parte da população estava vindo do campo para o centro urbano. E a partir de 1953, algumas indústrias já nasciam em nossas terras, como a Marvi, a Caninha Oncinha, o Café Jaguari e o Colchões Castor.

Vale ressaltar que o café era a matéria-prima do interior de São Paulo e que foi substituído pela cana-de-açúcar. Ourinhos não ficou de fora desta mudança agrícola. As cinzas da queima de cana que aterrorizavam a todos passou a ser uma fonte econômica no setor rural e a urbanização evoluiu. Foi no período da troca destas safras, que vários bairros começaram a surgir em Ourinhos.

Foto: Jornal Biz

Os dias de glória cafeeiras foram na primeira metade do século XX, a segunda ainda estava com uma presença muito forte até a cana chegar com tudo e o crescimento das indústrias.

Fonte: blog Memórias Ourinhenses e “Ourinhos: 100 anos em imagens: de 1908 a 1980” – artigo científico de André Rodrigues da Silva.


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