Política e Café: A história por trás do homem que começou o legado da Fazenda Ourinhos

São tantas histórias que constitui Ourinhos, pena que algumas lembranças e pessoas são esquecidas ao longo do tempo. Por exemplo: você se lembra de Antônio José da Costa Júnior? O tempo apagou estas memórias da vida ourinhense, o máximo pode ser o nome que caracteriza alguma seção da Usina de Jacarezinho.

O segredo é mexer nos registros políticos de seu pai para ele voltar a aparecer. Costa foi dono de uma fazenda entre a Água do Jacu (Ourinhos) com proximidade de Jacarezinho, Paraná. Suas propriedades paulistas eram de 104 alqueires, 40 de mata virgem. A Fazenda Ourinhos, é exatamente isso que liga Costa com o município.

Foto: Câmara dos Deputados (site)

É ocasional afinal ele viveu mais em São Paulo por razões políticas. O vínculo com Ourinhos se estendeu com a presença do seu neto, o Christiano Costa Júnior. Um rapaz talentoso e provocador que fazia questão de mostrar a descendência poderosa da família. Inclusive, foi candidato a deputado estadual por Ourinhos e não se elegeu, em 1946.

O início na política

Antônio foi exemplo das elites brasileiras no final de Império e início da República. Nasceu em Campo Belo, no Rio de Janeiro, formou em Direito pela Faculdade do Largo São Francisco em 1864. A vida profissional de advogado e político começou na época do Império, filiado ao Partido Liberal e conseguiu ser deputado provincial duas vezes.

Em 1891, com a influência do seu amigo paulista Campos Salles, foi eleito deputado federal na Constituinte, a primeira da República. Até 1899 foi esta figura política, depois comprou as terras no estado do Paraná.

Um homem de muitos filhos

Suas terras faziam parte do bairro paulistano da Água Branca, localidade de sua residência. Ao todo, teve nove filhos do casamento com a Ana Ignácia de Macedo Costa. Idalina, é uma de suas filhas, casou-se com o médico Francisco Carlos de Abreu Sodré, são pais do ex-governador paulista Roberta Costa de Abreu Sodré. O médico viajava a cavalo até Ourinhos para atender seus pacientes.

História no Café

Por fim, a Fazenda Ourinhos é citada no Dicionário Histórico e Geográfico do Paraná, material publicado em 1926. O livro diz que a fazenda era a única a exportar café diretamente para a Europa, além da produção de milho, arroz e o gado holandês.

Café foi a principal produção da Fazenda Ourinhos.

Costa Júnior morreu em abril de 1919 na sua casa. O sepultamento foi no Cemitério da Consolação e sua esposa veio à óbito em 1924. 50 anos depois, o seu neto foi enterrado ao seu lado.

A Fazenda Ourinhos é oficialmente a Companhia Agrícola Costa Júnior, a administração é por prepostos e em desmembramento pelos herdeiros, um caminho rápido para o fim. Atualmente, é pertencente a um grupo paulista com a mudança do nome para Companhia Agrícola Usina Jacarezinho.

Fonte: “Ourinhos-Memórias de uma Cidade Paulista” – Jefferson Del Rios (livro)


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