Nos últimos dias, uma moradora de Araçatuba, no interior de São Paulo, fez sucesso nas redes sociais ao compartilhar um gesto de solidariedade que salva vidas: a doação de medula óssea.

De acordo com o INCA (Instituto Nacional de Câncer), a doação de medula óssea é importante para o tratamento de pacientes com doenças que comprometem a produção normal de células sanguíneas, como as leucemias, além de portadores de aplasia de medula óssea e síndromes de imunodeficiência congênita.

Ticiane Matias, de 38 anos, se cadastrou para ser doadora de medula óssea durante uma doação de sangue, há mais ou menos 3 anos, embora na época ainda não tivesse muito conhecimento sobre o assunto. Contudo, foi apenas em dezembro de 2020 que ela recebeu a ligação tão esperada:

“Eu estava no mercado e meu telefone tocou, era de um número privado, aí eu atendi. Era uma moça falando que eu tinha sido compatível com uma pessoa, e perguntando se eu gostaria de dar continuidade, se eu gostaria de doar medula”.

A princípio, ela estranhou a ligação, principalmente por ter sido feita de um número privado. Logo, após conversar com outras pessoas, ela resolveu ligar no Hemocentro de Araçatuba para comprovar a situação, que era, de fato, verdadeira.

Processo para a doação

Após a ligação, foi dito a Ticiane que ela deveria ir novamente ao Hemocentro para realizar exames e confirmar a compatibilidade. Naquele mesmo mês, ela realizou os testes e foi informada que teria os resultados no dia 13 de janeiro de 2021.

A confirmação não veio em janeiro, fazendo com que Ticiane achasse que não tinha sido compatível. Mas, no início de fevereiro, ela recebeu mais uma ligação, desta vez do REDOME (Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea), dizendo que o médico já tinha pedido a retirada da medula.

“Ela falou: deu tudo certo, a gente só tá procurando um local. A gente tá tentando lá em Barretos, no Hospital do Amor, só que, devido à pandemia, tava tendo dificuldade de encontrar vaga”.

Pouco tempo depois, através de outra ligação, ela foi informada de que já tinha conseguido a vaga para consulta em Barretos.

“Fiz vários exames, raio-x, eletro, e vários exames de sangue”.

Dentre todos os exames realizados por Ticiane em Barretos, ela não passou em apenas um: o de calibragem da veia. Então, houve uma mudança de planos, e o método para doação teve que ser mudado de veia periférica para punção do quadril.

“Cada método é um tipo de exame, então eu tive que voltar pra Barretos para passar nos médicos de novo, fazer todos os exames de novo e passar para o anestesista”.

O dia da retirada da medula

Mesmo tendo sido desencorajada por algumas pessoas de seu convívio que tinham receio do risco que ela correria, Ticiane, após realizar os exames finais, incluindo um teste de COVID-19, realizou a doação no dia 30 de março. A doação é segura, e a araçatubense afirma: 

“Eu me senti privilegiada em ter sido escolhida, em ser compatível com uma pessoa, poder salvar uma vida”.

Como faço para ser doador(a) de medula óssea?

No site do REDOME, o voluntário encontra o passo a passo para se tornar um doador. Entretanto, o primeiro passo é procurar o hemocentro mais próximo.


Gostou desse conteúdo? Deixe seu comentário no campo abaixo! E se você conhece alguma história bacana como essa e quer que ela seja contada aqui, entre em contato pelo e-mail: [email protected]


Avalie este conteúdo

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor, deixe o seu comentário
Por favor insira o seu nome aqui