Em algum momento do século XIX, dois exploradores passaram pela região do Ribeirão Lençóes, como era conhecido o nosso Rio Lençóis. Algumas versões atribuem ao mineiro José Teodoro de Souza a primeira chegada e em outras a Francisco Alves Pereira, um explorador que se separou de sua comitiva que seguia de Itu para Goiás e se aventurou em terras inexploradas na região do ribeirão.

E, assim, surgiu nossa icônica Lençóis Paulista. Porém, muito antes disso seu nome era outro, ou melhor dizendo, eram outros. Acompanhe conosco a evolução dos nomes que nossa cidade recebeu, muito antes de se tornar a Cidade do Livro.

Excerto do livro ‘Boca do Sertão, de Alexandre Chitto’ – Foto: Gabriel Thiago para a Solutudo.

Olaria

De fato, o nome mais surpreendente da lista é este. E apesar de nunca ter sido um nome oficial, a região que hoje constitui nossa cidade foi inicialmente conhecida como Olaria.

Em 1927, registros foram encontrados em um diário de brochura pelo prefeito Raul Gonçalves de Oliveira, que relatou que o livro, de autoria de um viajante que fizera a rota Itu-Goiás antes de Francisco Alves Pereira, teria passado por aqui e encontrado o Posto de Olaria. Um posto avançado para descansos longos dos exploradores que iam e voltavam do sertão, e como de costume da época, cada posto recebia o nome da vila que se encontrava.

Excerto do livro ‘Boca do Sertão, de Alexandre Chitto’ – Foto: Gabriel Thiago para a Solutudo.

Lançóes

A grafia assusta, tão arcaica quando a sua sequente, porém, por um breve período o Ribeirão e as Terras daqui eram conhecidas desta maneira. A palavra deriva de uma corrupção da palavra em Tupi Hê-Yui-og, que no idioma original significava “barra de espuma”, ou seja, a formação espumosa que cobria as águas do rio. Logo, o termo foi “sequestrado” para uma tradução em português da época: Lançóes.

Excerto do livro ‘Boca do Sertão, de Alexandre Chitto’ – Foto: Gabriel Thiago para a Solutudo.

Bairro dos Lançóes

A palavra continuou a aparecer em documentos e registros de terras a margem do ribeirão até sua transformação ortográfica para Lençóes.

Povoado dos Lençóes

Em 1851, a Vila foi transformada em povoado pertencente a Freguesia de Botucatu e permaneceu com este nome por mais alguns anos. E sua expansão e aumento populacional se deu ainda mais pela criação da Fazenda Bairro dos Lençóes, onde dezenas de famílias se ajuntavam.

Excerto do livro ‘Boca do Sertão, de Alexandre Chitto’ – Foto: Gabriel Thiago para a Solutudo.

Ilha / Capella e Campos dos Lençóes

Em outros momentos, registros encontram que a cidade recebeu o inusitado título de Ilha devido ao seu suposto isolamento geográfico causado pelos rios que a cercavam. Em outros Capella dos Lençóes, carregando a forte fé Católica que prevalecia na região e seu povoamento em volta da capela central do povoado. E o outro nome comum em documentos era Campos dos Lençóes, este advindo da grande quantidade de Capim Favorito que cobria toda a região.

Lençóis

Aos poucos a cidade foi modificando seu nome e removendo os adjetivos iniciais e tornando a mais simples. Após foi elegida a Município se desmembrando completamente da Freguesia que participava.

Ubirama

Em 1944, o nome foi necessário ser trocado novamente, em razão de um decreto Federal que dizia não poder existir duas cidades com o mesmo nome, assim a mais antiga prevaleceria com o titulo e foi o que aconteceu, Lençóis na Bahia se manteve e a daqui se tornou Ubirama.

Ubirama, por sua vez, vem do Tupi e possui diversos significados, porém os mais aceitos são: Verde Região, Região de Terra, Estimável Ventura e Estimável Região.

Excerto do livro ‘Boca do Sertão, de Alexandre Chitto’ – Foto: Gabriel Thiago para a Solutudo.

Lençóis Paulista

Em 1948, a Lei Nº233 foi aprovada e o nome Lençóis retornou para a cidade, só que com o complemento Paulista para diferenciar de sua cidade irmã baiana.

Excerto do livro ‘Boca do Sertão, de Alexandre Chitto’ – Foto: Gabriel Thiago para a Solutudo.

Fontes: Lençóis Paulista – Boca do Sertão – Alexandre Chitto

            Dicionário Geográfico da Província de São Paulo / 1889 – Dr. João Mendes de Almeida.

            Dicionário Geográfico, Histórico e Descritivo do Império do Brasil – J.C.R. Milliet


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