Quem aí se lembra da época da Boate Áurea? O lugar que atraía Tupã e região com atrações artísticas do momento, se tornando popular para os “baladeiros” de plantão da época.

A boate se localizava em um prédio grande na Rua Nhambiquaras, n°130, Centro. A sua parte interna era composta por um andar em cima, onde tinha uns sofás que as pessoas faziam suas paqueras e chamegos. Sendo assim, um lugar que as pessoas se encontravam para dar aquela “flertada”.

Embaixo tinha o bar que as pessoas ficavam ao redor do balcão para pedir seus drinks, o piso e, claro, a principal e mais importante pista de dança que a galera extravasava, cheio de luzes coloridas, flashes e muita fumaça. Havia também a parte externa ao ar livre que as pessoas conversavam com seus amigos longe do barulho do som.

Fonte: Tupãense.com / parte externa da Boate ÁUREA

O proprietário idealizador da casa noturna era Sr. Romano da Playboy, conhecido por também ter uma casa noturna em São Paulo, chamada Playboy Disco Club. Em Tupã, o organizador que assumiu a direção foi Oscar Veroneze, que com seu estilo diversificado  fez a casa virar destaque do momento, ambos In Memoria.

“A boate era canalizadora de bons artistas, Oscar tinha o poder de juntar um povo bacana em uma casa legal”, relembra , Ricardo Costa, Dj, produtor musical e frequentador da casa.

Além de DJS e artistas regionais, a casa recebeu artistas de nível nacional, como RPM, Sampa Crew, Alexandre Frota e outros, o que atraía pessoas de fora e mantinha o ambiente diversificado e inovador.

Os eventos desenvolvidos pela equipe da gestão não só aconteciam na boate como também se expandiam a outros lugares de entretenimento da cidade devido ao trabalho bem organizado da equipe.

FONTE: Tupaense.com / Logo da Boate ÁUREA

Sua abertura, geralmente, era às 22 horas e rolava a festa até o raiar das 5 horas da manhã. Os estilos musicais eram bem alternativos e diferenciados, fazendo ser um ambiente agradável a todos. Devido ao sucesso, todo dia de evento sempre tinham filas gigantescas para conseguir entrar. Os passinhos rolavam soltos na pista de dança, aglomerando a galera que gostava do remelexo alto astral que o local proporcionava.

Fonte:Tupaensecom / galera curtindo a balada na Áurea

“Lembro que ficava horas com a turma esperando na fila ansioso para curtir lá as músicas do momento”, fala André Luiz, professor de dança e frequentador da casa.

A boate também tinha um programa na rádio que tocava as novidades musicais da época para a galera já fazer um esquenta em casa, tendo ideia do que iriam curtir no momento que estão na boate. Naquela época, não havia a tecnologia de hoje e as músicas não eram tão acessíveis, pois, não eram todos que tinham dinheiro para comprar CDs. Então, para ouvir as tendências musicais da época era nos eventos ou rádios.

Também havia aos domingos as famosas matinês para a galerinha nova que estava começando a curtir as baladas, acontecia no período da tarde e a turminha passava a semana combinando para ir sacudir a poeira.

A boate funcionou até o ano de 2008, até hoje suas acomodações físicas estão desativadas.


Que época boa, deixa até sabor de saudade, né?

E você também é da geração Áurea? Conta pra gente as lembranças que este lugar remete.

Agradecimentos ao Ricardo Costa, produtor musical e morador de Tupã que compartilhou as informações.


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