Conheça Diogo, o artista que pinta os muros de nossa cidade.

Dia 12 de Agosto, foi comemorado o dia nacional das artes, e nós tivemos a sorte de bater um papo com esse cara que acredita muito na arte e que aos poucos está colocando cor e alegria em nossa cidade.

Quem não conhece a pessoa que encheu nossa cidade de cor e de arte, você imagina o que o inspira? O que faz ela criar artes tão únicas e marcantes?

Conheça sua história.

A infância de Diogo veio acompanhada de revista em quadrinhos, ele lia muito turma da Mônica, e só tinha revistas em preto e branco, e foleando cada página, começou a se encantar com os desenhos.

“Acendeu uma luz dentro de mim, que eu não sabia de onde vinha, mas me apaixonei…”

Aos 6 anos, ele começou a rabiscar tudo que via pela frente, sem condições de comprar folhas em branco, ou caderno de desenho para praticar, viu as últimas folhas em branco da carteira de trabalho de sua mãe.

Carteira de Trabalha da Mãe, Ivanide (Nice).

“Nesse dia eu apanhei, mas apanhei feliz, porquê foi aí que vi que era o que eu realmente queria. ”

Disse Diogo que entrava em um outro universo, em outro mundo, quando começava a desenhar, por estarem passando por um momento difícil, foi no desenho que achou seu refúgio.

Aos nove anos, durante um passeio de bicicleta com seu irmão mais novo, avistou “Martim Doido”, conta que ficou encantado com aquela paleta de cor ambulante.

“Desde o tom da pele, as cores da roupa, os acessórios que ele usava, aquilo me aflorou ainda mais…”

O tempo passou e Martim ainda continuou em sua cabeça, Diogo ainda não sabia que era artista, mas já sabia que não nasceu para trabalhar para os outros, queria trabalhar com arte.

Martim Doido

“Eu não queria riqueza, eu queria viver da minha arte.”

Ele diz, que queria respirar arte, transmitir arte, queria que o visse como uma arte, como um artista. Começou a viajar o Brasil, para conhecer mais sobre a arte, estudou muito e conheceu grandes artistas. Foi para São Paulo e pintou com grandes nomes do grafite, como Binho Ribeiro, Os Gêmeos, Vespa e etc.  

Morou 10 anos em Uberlândia, onde também levou sua arte e trouxe mais cor para cidade.  Mas retornou para Mineiros, onde considera seu laboratório.

Famp Faculdade

Mas nem tudo na vida de Diogo foi arte, há alguns anos atrás, sofreu um acidente de moto, quando estava indo buscar um passaporte para estudar arte fora do Brasil. Foi assim que quase perdeu seu chão, quase perdeu o braço direito, se viu em uma situação que temeu ficar sem pintar. Aparentemente, sua recuperação iria demorar muito, mas não desanimou, recuperou-se com apenas 3 meses.

“Eu precisava volta para a rua, eu precisava voltar para a tinta. ”

No início de sua recuperação, com os dois braços enfaixados, pegou um caderno, e começou a desenhar com pingos, e fez um desenho lindo, depois disso, se viu desenhando com o braço esquerdo, mesmo sem pratica. Descobriu que nada era impossível. E decidiu que nada iria o parar, que iria levar arte para onde estivesse.

Desenho feito com os braços imobilizados.

Hoje com centenas de grafites espalhados em nossa cidade, Diogo traz cor e histórias para diversos lugares. Sua arte está em lugares conhecidos de nossa cidade, como no Mercadão da Eletrônica, Faculdade Famp. Sempre andando na Abrigity, sua Kombi, onde tem o desenho do seu querido e imortalizado “Martim Doido.”

Diogo sempre leva uma frase consigo “não se mate, se arte”, pensando sempre em Martim, acredita que com sua arte, poderá ajudar as pessoas a ter um dia melhor, que ao passar por um dos seus desenhos, que a pessoa se alegre e que se encante. Ele não pinta somente pra si, ele pinta pra Deus, acreditando que está o ajudando, e ajudando as pessoas a serem mais felizes.

“Essa frase me motiva, e acredito que possa motivar outras pessoas, por isso que quero transmiti-la”.

Serviço

Diogo Ferreira: (064)99929-3076

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