Muitas pessoas marcaram presença em Ourinhos por questões políticas, eram donos de terras com alta potência de transformação, como o Jacintho Sá e tantos outros que fizeram de Ourinhos um núcleo de produção agrícola. São proprietários de terras que possuíam fortes influências políticas.

Por exemplo, Antônio Almeida Leite (coronel Tonico Leite) da Fazenda Lageadinho, o reverendo Manoel Alves de Brito da Canaã, Horácio Soares da Chumbeadinha e pequenos agricultores que ajudaram na ampliação do perímetro urbano do município.

Foto: Jornal Biz

A fazenda de Tonico Leite tinha 600 alqueires da terra roxa próxima ao córrego Lageadinho, que tempos depois foi utilizado para definir divisas do município. Uma pessoa ativa que se tornou um plantador de café recordista por pé e por área. Praticamente um homem a frente do seu tempo que construiu tulhas e secadeiras de desenho avançado para ventilação e secagem dos grãos. E usou de forma sistemática adubos orgânicos nas lavouras.

Ao fim da colheita, Antônio oferecia prêmios em dinheiro aos seus funcionários que tiveram destaque. Além de baile e um churrasco para confraternizar. O coronel viveu em Ourinhos até 1935 e residiu em uma fazenda em São Paulo onde faleceu em 1959. Mário da Cintra Leite é seu filho, com a esposa Cândida Cintra, e foi quem transformou a fazenda Lageadinho em um modelo de administração.

Foto: Jornal Biz

Com a morte da mãe e do pai, Mário comprou a parte da herança dos irmãos, Otávio, Horácio, Raul, Paulo, Odila, Linda e Odete. A irmã Maria Amélia não quis vender a sua parte e aí foi criada a sociedade Fazenda Lageadinho Ltda. Atualmente, o grupo tem mais de trinta acionistas e tem um conselho administrativo presidido por Renato Ferreira Leite, filho de Maria Amélia e Deodato Ferreira Leite.

Portanto, a Lageadinho seguiu a tendência da agricultura paulista aderindo à cana-de-açúcar, mas, ao mesmo tempo, conservou 300 mil pés de café que foi o produto da sua fama e fortuna. E conseguiu preservar uma parte da mata original, local habitado por macacos.

Fonte: “Ourinhos-Memórias de uma Cidade Paulista” – Jefferson Del Rios (livro)


Aaaah!, o café!


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