Bombeira, motorista de pesados, técnica em enfermagem, condutora e socorrista do SAMU, mulher e mãe. Estas são só algumas das atribuições de Carmen Silvia e Sá, uma fernandopolense de se tirar o chapéu. Para quem a vê dirigindo a ambulância do SAMU em Fernandópolis, não imagina a incrível trajetória que ela percorreu para chegar ali.

Minha paixão é dirigir“, comenta Carmen.

O interesse de Carmen pela direção começou cedo e quanto mais dirigia, mais sua paixão por conduzir aumentava.  Logo os veículos utilitários já não eram mais suficientes para ela. E passando por cima de qualquer preconceito e estereótipo, rapidamente estava conduzindo também ônibus e caminhões.


Por anos, ela dirigiu todos os dias o ônibus coletivo que levava e buscava 44 funcionários da usina onde trabalhava. Mas como se não bastasse a responsabilidade do atual emprego, ela queria algo a mais, buscava a emoção e intensidade que tem hoje em sua atual função.

 “Eu me apaixonei de primeira”, revela Carmen sobre seu cargo no SAMU.


Foi quando no ano de 2014, com o apoio do marido, Mauro, Policial Militar, ela resolveu prestar o concurso público para condutora e socorrista do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) em Fernandópolis. Uma nova etapa na vida de Carmen se iniciava.

Ao passar no teste, começaram os incansáveis treinamentos para que se tornasse apta à função que escolhera. Junto ao Corpo de Bombeiros ela se dedicou muito para que pudesse ir além de dirigir a ambulância, socorrer com urgências as vítimas das ocorrências.

“A gente nunca sabe como a vítima vai estar, é um treinamento diário”, afirma a socorrista.

Foto: Isabella Assis

Se tornando Bombeira Civil e Técnica em Enfermagem, Carmen passa a trabalhar no SAMU e na Santa Casa de Fernandópolis, e por anos ela realizou esta intensa rotina em prol de sua vocação.

Hoje, aos 49 anos, Carmen coleciona títulos em seu currículo, mas ressalta a importância do constante treinamento que recebem para que não estejam inseguros ao se depararem com as mais adversas circunstâncias.

Quando questionada sobre o maior desafio de sua profissão, ela comenta sobre a dificuldade em realizar seu trajeto, não pela alta velocidade ou tensão, mas pela falta de compreensão de outros motoristas que não dão passagem para a viatura e ressalta:

“Tempo para nós é ouro, a vida do paciente depende do meu tempo de percurso”.

Atualmente, ela trabalha com várias outras mulheres no SAMU, com múltiplas funções, desde o início do atendimento pelo telefone até o último procedimento médico executado. Carmen enfatiza a importância de ter como colegas trabalho outras mulheres e comemora que por muitas vezes a viatura é tripulada apenas pelo time feminino com uma bombeira, uma técnica em enfermagem e uma médica.

Foto: Isabella Assis

Independente dos obstáculos, o amor e contentamento de Carmen pela profissão são nítidos e a união de sua paixão à muita dedicação a tornaram nada menos que uma heroína em Fernandópolis.

“Apesar das dificuldades e desafios, ajudar as pessoas e salvar vidas é um privilégio e um dom”, finaliza Carmen Silvia e Sá.


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