A Praça Comendador Emílio Peduti, ou melhor a Praça do Bosque, certamente é o ponto central da cidade de Botucatu. Sem dúvida essa área pública é testemunho da evolução e desenvolvimento ao longo desses 164 anos.

A praça já foi cemitério, igreja, Câmara Municipal e por incrível que pareça viu surgir um jardim da noite para o dia, literalmente, quando completou cem anos.

Sem dúvida a praça é ponto de encontro da população é um dos locais de maior movimento do município. Principalmente por estar próxima a vários bancos e no centro da principal rua comercial de Botucatu, Amando de Barros.

A lista abaixo foi desenvolvida com informações dos livros Achegas para a História de Botucatu, Botucatu Antigamente, e da revista Botucatu 147 anos – Como – Era Botucatu em 1955, além de dados atuais e populares.

Contamos ainda com a assessoria do historiador João Carlos Figueiroa na revisão dos dados históricos. Lembrando que ele responde por parte do conteúdo do site Ybitucatu.

O local é cheio de histórias e acredite, para quem quiser se aprofundar essas 14 curiosidades é apenas o início.

Ao longo de sua existência a Praça do Bosque já teve cadeia, Câmara Municipal, igreja, cemitério e até mesmo um teatro

Conheça os fatos curiosos que envolvem a praça

A estátua de Raul Torres pesa 320 quilos e demorou 80 dias para ser concluída pelo escultor Pedro César

1 – Atualmente a praça é reconhecidamente o ponto de encontro do movimento Hip-hop. Os banheiros possuem grafites externos no banheiro, servindo como ponto de encontro e batalhas de rimas. E sob a marquise no piso superior do Bosque que adeptos do break, se encontram.

2 –A Praça do Bosque, parte baixa, possui alamedas que se entrecruzam no centro. Com isso, ganha o traçado da bandeira da Inglaterra. Assim dizia o jornal O Correio de Botucatu, em 1905.

3 – No centro da Praça Emílio Peduti temos representada uma Rosa dos ventos. Ela mostra os quatro sentidos fundamentais (pontos cardeais) e seus intermediários.

4 – Próximo à banca de jornais e revistas existe um pequeno totem que sinaliza medições do IGC. Ou seja, coordenadas de pontos de interesse geográfico ou administrativo. As medições foram realizadas entre fevereiro de 1939 e agosto de 1958.

5 – No início da década de 1990 o comércio informal se concentrava na Praça do Bosque. Lembrando que mais de 60 barracas de camelôs em sua parte baixa. Os ambulantes foram remanejados em 2004 com a criação do Centro Popular Comercial, o camelódromo da Curuzu.

Praça do Bosque já teve vários nomes

Visão lateral da Praça Comendador Emílio Peduti, o Bosque, fotografada a partir da rua Marechal Deodoro

6 – A Praça Emílio Peduti já teve vários nomes: Bosque dos Namorados, Jorge Tibiriça, Ataliba Leonel e João Pessoa. Portanto, apenas após o falecimento do então prefeito Emílio Peduti que a praça foi rebatizada em sua homenagem. Apesar de tantas denominações a Praça do Bosque é o mais popular.

7 – A estátua do Cantor e compositor Raul Torres junto a seu violão em um dos bancos da praça do Bosque foi instalada em março de 2007. A estátua em bronze é assinada pelo escultor Pedro César e pesa 320 quilos. O artista demorou 80 dias para concluir a peça. No interior dessa estátua temos uma cápsula do tempo.

8 – Onde hoje se encontra a Fonte Luminosa funcionava o Teatro Espéria, de propriedade da Sociedade Italiana di Beneficienza. Construído em madeira ele ostentava uma fachada de alvenaria com mais de 8 metros de altura.

A Casa de Espetáculos foi destruída em um incêndio, no dia 21 de setembro de 1951. Na época apenas a fachada em concreto sobreviveu às chamas.

9 – Antes do País se tornar uma república a praça se chamava Largo de Santa Cruz, tinha uma pequena igreja, construída por volta de 1860 e demolida em 1902. Abrigava um imóvel que era a Câmara / cadeia municipal e ficava defronte ao atual Banco do Brasil

Até cemitério a área pública já teve

10 – A praça do Bosque já teve um pequeno cemitério. Ficava aos fundos da igreja, mas foi plenamente desativado em 1905 e os restos mortais ali sepultados foram transladados para o atual Cemitério Portal das Cruzes.

11 – Em 1955 a Prefeitura Municipal estabeleceu um convênio com a Sociedade Italiana para a recuperação a parte de cima da Praça do Bosque, região onde antes ficava o teatro Espéria.

Afinal, através dessa Parceria, no final da década de 50, na administração do prefeito João Reis, foi inaugurada a Marquise, Fonte Luminosa e a reforma das escadarias ligando os dois pisos.

Teatro Espéria em outro ângulo. Local foi destruído por um incêndio

12 – Durante anos a Fonte luminosa apresentava as cores da bandeira Italiana, porém na gestão do prefeito Pedro Losi (1997 / 2000) as cores foram trocadas e as pastilhas da fonte passaram a ter tonalidade azul. Contudo a fonte foi reinaugurada, porém ficou pouco tempo em funcionamento.

13 – Em 2012 a parceria com a comunidade italiana foi reestabelecida e a parte superior da praça do Bosque passou por nova revitalização com a recuperação da fonte luminosa, que voltou a funcionar.

14 – No dia de seu centenário em 1955, da noite de 13 para o dia 14 de abril o então prefeito fez surgir um belo jardim florido.

Funcionários da Prefeitura sob a supervisão do próprio prefeito, trabalharam a noite toda para transformar o local, onde hoje se encontra o Banco do Brasil, em jardim. Aquela área estava abandonada e acabou se tornando atrativo na festa do centenário de Botucatu.

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