A primeira paróquia de Botucatu teve como orago Nossa Senhora das Dores ou Santana? Essa dúvida divide pesquisadores e historiadores e até hoje paira no ar quando o assunto é trazido à tona.

Em artigo especial para o botucatuonline.com, o jornalista e memorialista Gesiel Júnior, afirma que apesar de Santana ser oficialmente a padroeira da mais antiga paróquia serrana, tal escolha pode ter obedecido a critérios políticos e personalistas.

Ele apresenta entre as provas documentais de que, por algum tempo, Botucatu teve sua primeira paróquia dedicada a Nossa Senhora das Dores uma nota publicada no jornal “Correio Paulistano”, em 18 de julho de 1856.

Nela a mesma aparece como integrante da 15ª comarca, com sede na Vila de Itapetininga. O texto traz a seguinte informação: “Freguezia de Botucatu. Nossa Senhora das Dores é a padroeira de sua igreja parochial”.

“Muito embora pessoalmente eu tenha escutado do próprio arcebispo pesquisador, dom Vicente Marchetti Zioni (1911-2007), que nos arquivos da Cúria de Botucatu inexiste material documental comprovando ter sido Nossa Senhora das Dores o primeiro orago e onde ficava o templo erguido em seu louvor, estes indícios nos levam a deduzir que essa igreja pode realmente ter existido, porém nenhum vestígio sobrou a não ser a certeza de que as padroeiras (filha e mãe, na tradição católica) trocadas foram por caprichos pessoais”, afirma Gesiel.

Nova capela

Com o passar dos anos, a matriz dedicada à Santana transformou-se em uma das mais belas catedrais do país. E nenhuma igreja em Botucatu tinha como padroeira Nossa Senhora das Dores. Mas isso está muito próximo de mudar.

No ano de 2017, a Paróquia de São Pio X adquiriu um terreno na avenida Antonio Sidney Ribeiro Faria, localizado no residencial Maria Luíza para construção da capela de Nossa Senhora das Dores do Cimo da Serra.

Em março de 2018 aconteceu o lançamento da pedra fundamental, seguida de benção e missa celebrada pelo arcebispo Dom Maurício Groto de Camargo, acompanhado do padre Francisco e do diácono Adilson Rocha.

No mesmo ano a obra foi iniciada com construção do alicerce e de toda a fundação da capela. No primeiro semestre de 2019 foram levantadas as paredes. A previsão é que ainda neste segundo semestre seja concluída a cobertura do futuro templo.

Obras avançam com previsão de cobertura ser concluída neste semestre
Foto: divulgação

Festa da padroeira

Para arrecadação de fundos para a obra, a comunidade tem se mobilizado para realização de eventos. E neste mês de setembro acontecerá a 4ª edição da festa em Louvor a Nossa Senhora das Dores. Nos dias 7 e 8, acontecerá a parte festiva, com estrutura montada em frente ao local onde a capela está sendo erguida.

Haverá praça de alimentação com diversas barracas de comes e bebes, além de atrações gratuitas para as crianças, com pula pula, pipoca e algodão doce. No dia 7, a partir das 19 horas, acontece o show de prêmios. No dia 8, às 12 horas, tem início o tradicional almoço (arroz, vinagrete, farofa e três espetinhos), com convites sendo vendidos a R$ 20,00.

Nos dia 12, 13 e 14 será realizada a parte religiosa com o tríduo em homenagem a Nossa Senhora das Dores, com missas celebradas pelos padres Paulo Bronzato e Marcio Cândido. O encerramento está marcado para o dia 15 com missa solene será celebrada pelo padre Francisco, às 17 horas, na nova capela.

Cartaz da festa que movimentará comunidade do Maria Luíza
Foto: reprodução

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