O prédio fica em frente a divisa do supermercado Jaú Serve com a loja Cem, na Av. Marechal Floriano Peixoto, hoje se encontra abandonado. Em sua calçada existe um ponto de ônibus, muita gente passa por lá ou param para esperar o transporte público. Entretanto, poucos, devem se lembrar que nas noites próximas ao fim de semana, aquela mesma calçada vivia cheia de jovens, que até o fim da década de 1990 aproveitaram muito a balada na danceteria Floriano.

O ambiente era alegre e divertido, dentro dessa danceteria nasceram as bandas BR3, Queda Livre, entre outras. Floriano era a casa noturna mais popular da cidade e representava o “pulsar” da vida universitária em Botucatu. No início dos anos 2.000 ela fechou suas portas para sempre, deixando muitas  saudades.

Dias atrás, na rede social Luiz Santos Jr. postou uma fotografia da entrada da Floriano, “bombando” de gente e registrou a sua opinião: “Quando Botucatu tinha uma vida noturna boa. Quando os jovens saiam apenas para diversão, apenas. Esse lugar fez parte de mais de 90% da população jovem no fim dos anos 90…”

Entrevista

Procurado pela Solutudo Botucatu, Luiz concedeu uma entrevista, na qual, falou da sua saudade desse período, sobre a diferença de ambientes de festas noturnas de jovens do passado com relação aos de hoje e, refletiu sobre a transformação da cultura de festas universitária em Botucatu. Confira a seguir:

Como foi a sua experiência na Floriano? Quantos anos você tinha?

Minha experiência começou na Floriano aos 15 anos, tá. Tinha muita amizade com o DJ Tiago, que tocava bastante lá, tinha muita amizade com os meninos do Queda Livre, também. Eu ia de quinta, sexta, sábado… Então, todos os finais de semana praticamente nós estávamos lá, eu gostava bastante das festas universitárias. Geralmente eram festas da cidade mesmo, ou festas das escolas que eles faziam aquelas noites dos colégios e, aos sábados, era aquela noite normal. A gente acabava, praticamente, fechando o Floriano.

“Os Esculachados”

Foi uma época muito bacana! Aí. Ali dentro nasceram algumas bandas, outras acabaram. Nasceu muita coisa ali dentro. A BR3 é um exemplo disso, e nasceu na época do Floriano, ainda. Aí, passado alguns anos a gente começou a trabalhar com festas noturnas. A gente tinha uma festa anual, que era “Esculachados”, que era uma vez por ano. Depois, diante disso foi um sucesso. E, a gente acabou até fazendo o Bar dos Esculachados que era parceiro do Floriano na época.

Luiz o que você acha das baladas de hoje em Botucatu?

Botucatu, infelizmente, morreu. As festas universitárias você não ouve mais, não existe mais tá. As festas em repúblicas, infelizmente, o pessoal, também, foi acabando com tudo, mesmo por que a população, ela às vezes, não quer entender que universidade não é só estudar. Você tem que ter o seu momento de lazer também. Seu momento de divertimento. Infelizmente, nesse ponto, a população de Botucatu deixa muito à desejar, tá. E até por isso, na verdade, acabou morrendo essa vida noturna. É, por que, quem agitava muito as noites de Botucatu eram os estudantes.

Botucatu ainda é reconhecida como cidade universitária, mas o ambiente festivo de antigamente que agitava o município, se transformou junto com a mudança de gerações. A vida noturna das festas cedeu espaço aos Pubs e barzinho com música ao vivo.

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