Hoje, iremos conhecer a história de uma professora que, por problemas de saúde, teve que se reinventar e abusar da criatividade para transformar uma herança inusitada em algo de sucesso. Vamos juntos?
Sua infância
Magda Costa de Freitas Santos, 41 anos, nasceu em Guarulhos/SP e é filha de Dona Cristina e Seu Dôgris. Teve uma infância muito feliz, cheia de autonomia. Seus pais a rodearam de amor e carinho. Filha mais velha e irmã de Bruno, o irmão do meio, e Gabriel, o caçula da casa, sempre foi criativa em suas brincadeiras com seus irmãos.

Sua brincadeira preferida era ser professora, seus alunos eram seus amiguinhos. Um sonho de criança que se tornou realidade. Se formou em Pedagogia pela Universidade Estácio de Sá e durante dez anos vivenciou este sonho lecionando em São Paulo. Sonho este que teve de ser interrompido, a profissão que idealizou com tanto carinho.
“Devido a descoberta do meu problema de saúde tive que parar de lecionar, eu sempre gostei de trabalhar com a educação infantil, mas Deus foi mudando todos os meus planos”, diz a professora.

Um período muito difícil até descobrir o diagnóstico. Lúpus, para quem não conhece, é uma doença autoimune e inflamatória que pode afetar múltiplos órgãos e tecidos, incluindo erupção cutânea, desgaste das articulações, comprometendo rins, cérebro, causando febre e dores.
Teve total apoio da família e, principalmente, de seu marido, Marcus Vinicius. Casada há 20 anos, união que lhe concebeu três filhos lindos, Pedro com dez anos, Miguel com nove e Vicente com um ano e 11 meses. Família sempre unida, viviam se mudando de cidade em razão ao trabalho do marido até que, há quatro anos, se instalaram em Assis e decidiram que seria aqui, nesta cidade, a morada e cuidariam dos filhos.

A Reviravolta
Aconselhada pelos médicos a não deixar a mente parar, ela foi buscando alternativas sem saber ao certo o que faria, sem ter um norte em como seria sua vida profissional dali em diante. Em um almoço de família foi presenteada, ela brinca que foi uma herança muito diferente que mudou completamente sua trajetória.
“Em um almoço, meu tio Mario me chamou e disse: ‘Má, olha este monte de roupas, leva, você é criativa’. Me deu de presente todos os figurinos do acervo gigantesco de teatro que ele tinha em São Paulo. Eu pensei ‘o que vou fazer com tudo isso de roupas’. Enfiei tudo no carro e vim embora”, conta Magda.
Mario Cesar Costa, o tio da herança inusitada, foi professor de Língua Portuguesa e de Teatro por muitos anos, doou seu talento na Casa Artéria em São Paulo com aulas teatrais e Magda sempre participou deste momento ao lado dele, ajudando na organização nas horas vagas de escola. Devido à pandemia, ele fechou a escola com tudo que havia dentro, sem destino para todas aquelas peças.

Sabendo que sua sobrinha usava e abusava da criatividade, confiou na sabedoria dela para dar um destino ao seu acervo.
Magda nos contou que aos poucos foi organizando as roupas, lavando, passando, arrumando, fazendo a cura de cada peça, ainda sem saber o que faria com tudo aquilo. Mesmo assim, seguiu sendo guiada por Deus para clarear seus pensamentos e dar um destino a tudo aquilo. Foram tantas peças que o filho Pedro acabou ficando sem quarto.
“Fiquei pensando, pensando e de repente me venho a ideia de montar uma loja retro, bem no mesmo período que descobri o meu diagnóstico, sabendo que não poderia voltar a lecionar mesmo, fortifiquei ainda mais a ideia”, confessa.
Sem ter conhecimento no empreendimento que desejava montar, continuou desejando colocar em prática a sua ideia, foi pedindo direcionamento a Deus para realizar seu sonho, sem comprometer os cuidados de sua casa, marido e filhos.
“Comecei a procurar um lugar para alugar, porque na minha casa não daria para fazer isso, a princípio a ideia foi alugar “looks” e fui pedindo para Deus que fosse um lugar perto de casa, que eu pudesse levar meus filhos à escola, que eu tivesse acesso livr, e encontrei o prédio da Dona Gisa”, comenta toda feliz.
O futuro empreendimento começou a criar forma, alugaram o prédio de baixo da Dona Gisa Noivas, iniciaram a reforma, investiram as férias do marido neste sonho que estava nascendo. Quando estava quase tudo pronto para a inauguração da loja, a Dona Gisa ofereceu uma parceria com a empreendedora para não sair dali e continuar com o negócio dela, pois estava prestes a se aposentar e fecharia o seu estabelecimento.
Magda conta que a princípio ficou com receio, porque tudo era muito novo, mas com o apoio do marido ela decidiu encarar mais este desafio. Nascendo assim, a Loja “Retrovisor”.

Sem conhecimento no ramo de noivas, ela iniciou as pesquisas e buscas sobre o universo e está se especializando para entregar o melhor com carinho e dedicação.
A loja iniciou com o guarda-roupas compartilhado, você sempre vai encontrar peças novas para alugar, não precisando comprar o tempo todo, pode fazer uma troca de “looks” de uma forma consciente e contribuir com sustentabilidade.
“O guarda-roupas compartilhado trabalha a parte colaborativa, eu não estou ajudando só a mim do jeito que fui ajudada, eu quero continuar ajudando as pessoas, eu quero desenvolver isso. Eu tenho uma missão e nesta missão não é só a minha vida, não é só sobre mim, são para as outras mulheres, são para casais e cuidar da sustentabilidade, agradando o ambiente”, relata a empresária.

Na Retrovisor você encontra roupas novas, seminovas e desapegos que passam por curadoria e higienização, lindas peças retrô. Além de traje para casamentos, formaturas, debutante e eventos em geral.

Projeto futuro
Magda diz que todos os acontecimentos positivos que vem acontecendo em sua vida são por permissão divina. Ligada no 220, com uma cabeça que não para de funcionar, está elaborando algumas estratégias para montar um espaço em sua loja para “looks” de fantasias para jantares temáticos. Que “show”! Este é o seu futuro projeto, criativa como já sabemos que é, logo terá novidades.
Ela fez questão em montar seu espaço com peças criadas por ela, partindo de suas ideias criativas, decoração com reaproveitamento de móveis e roupas. Um capricho! Confere um pouquinho:



“Estou deixando tudo acontecer, como tudo é novo, são apenas três meses com a loja aberta, eu quero ir devagar, quero ter os pés no chão, estou gostando de tudo isso, está sendo muito prazeroso, as pessoas certas cruzaram meu caminho para tudo isso estar acontecendo”, finaliza ela.
Amamos contar estas histórias. Você conhece a Retrovisor? Adoraria saber! ?
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