Boas ações são capazes de transformar vidas e inspirar outras pessoas a seguir o exemplo e ajudar o próximo. A história da advogada Carolina da Cruz, de 27 anos, é a prova disso.

Em junho de 2014, em frente à casa que mora, Carolina encontrou Bolota, uma gata que, na época, estava grávida. Desorientada, não sabia como socorrer a felina. Ligou para a ONG Clube Amigo dos Animais, de Araçatuba. E recebeu a ajuda de duas voluntárias. Inspirada pelo trabalho delas, decidiu ingressar no movimento e contribuir com a causa animal.

Na foto, a Bolota, que morreu de velhice há dois anos (Foto: Reprodução/Rede Social)

“Comecei ajudando de pouco em pouco, com doações e auxiliando nas feiras de adoções. No fim, acabei me voluntariando para ajudar no que fosse necessário”, relembra Carolina.

Nova rotina

Desde então, a vida da advogada é outra. Durante a semana, com a mãe dela, a professora Luciana Cruz, de 49 anos, resgata animais abandonados e cuida de cinco gatas que moram na rua de sua casa, além dos seus dez felinos.

E não para por aí: aos finais de semana, junto com os outros 15 voluntários, Carolina organiza eventos para arrecadar fundos para custear as despesas da ONG. E duas vezes por mês, pelo menos, auxilia na limpeza do abrigo, que tem 200 animais. Nos outros dias, uma funcionária contratada é responsável pela limpeza e organização do local.

‘Ajudá-los aumentou o meu amor pelos animais’

O que a Carolina ganha realizando esse trabalho? Amor. “Ajudá-los aumentou o meu amor pelos animais, principalmente porque eu comecei a perceber de verdade o quanto eles sofrem”, conta a advogada, que desabafa: “tem horas que é um trabalho muito triste porque você percebe que não pode salvar todos. E ainda tem a maldade das pessoas para dificultar ainda mais”.

Carolina cultiva um amor por todos os animais, mas os gatos são os preferidos dela (Foto: Reprodução/Rede Social)

Assim como chegam à ONG, os animais precisam ir. Carolina ainda não aprendeu a lidar com a tristeza dos resgates, mas, para ela, a partida dos cães e gatos é o momento mais difícil. “90% dos animais que cuidei foram gatinhos que tive que criar na mamadeira, o que torna essa parte da despedida bem mais complexa. Mas é muito gratificante saber que vão crescer em um lar onde serão amados.

A ONG Clube Amigos dos Animais tem, aproximadamente, 15 voluntários. Devido a falta de espaço e recursos, a organização resgata, atualmente, apenas animais em situais graves ou em casos que a ninhada está sem a mãe (Foto: Reprodução/Rede Social)

‘Não é necessário estar em uma ONG para ajudar os animais’

Apesar de realizar trabalho voluntário há cinco anos no Clube Amigos dos Animais, Carolina acredita que não é necessário estar em uma ONG para ajudar os bichanos. Para ela, os interessados em mudar a realidade dos animais abandonados podem, individualmente, por exemplo, abrigar, cuidar e depois doar; castrar ou alimentar, sem precisar estar envolvidos com uma organização.

“Se necessário, peça ajuda, mas não vire as costas por achar que é obrigação das ONGs realizarem esse trabalho. Todos que fazem esse tipo de trabalho estão lotados e não recebem nenhuma ajuda do governo. Se cada um fizer um pouco, fizer sua parte, quem sabe, um dia, seja possível mudar a realidade dos milhares de animais que vivem nas ruas”, afirma Carolina.

Amor que cativa e incentiva

Durante os últimos anos, Carolina incentivou o noivo e a mãe a fazerem parte da causa, além de amigos e outros familiares, que ajudam, principalmente, com doações. Questionada se pretende incentivar os futuros filhos a cuidarem dos animais, a advogada diz que sim. “É um amor e um trabalho que pretendo passar para frente.”


Carolina ao lado do noivo dela, Alex Pedro, de 27 anos. A nome da cachorra é Princesa. Também foi resgatada da rua. Apareceu no portão da casa dele e ficou lá por dias. Como não acharam o dono, ele decidiu adotá-la (Foto: Reprodução/Rede Social)

Clube Amigos dos Animais

A ONG Clube Amigos dos Animais surgiu em agosto de 2011. Foi criada por um grupo de protetores independentes que entenderam que, unidos, seria mais fácil ajudar os animais. De acordo com Carolina, o propósito principal da organização é incentivar a castração e a posse responsável.

A organização sobrevive por meio das arrecadações dos eventos que são realizados durante o ano e da contribuição dos voluntários,.

Os interessados podem ajudar com doação de ração, jornal, cobertor, produtos de limpezas, bem como com castrações de animais, vacinas e vermífugo. Basta entrar em contato com a Clube pelas redes sociais Facebook ou Instagram. Por lá, a organização passará mais informações.


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