No bate papo com a Solutudo Tupã, Marlize Procópio, 44 anos, fundadora da Organização Não Governamental (ONG) “Galerinha felina da Marlize” conta os amores e as dores de dedicar sua vida aos gatos abandonados.
Marlize cuida sozinha de 50 gatos, e relata o amor que tem aos felinos
A protetora e ativista das causas dos animais deixa claro que, desde criança, é apaixonada pelos animalzinhos. Ela se lembra de muitos gatinhos que levava para casa e seu pai dava fim. Uma vez, ela achou uma gatinha na escola e deixou debaixo da carteira e ficou a aula toda com a gatinha escondida.

Marlize cresceu, se casou e teve duas filhas. Tudo começou com sua filha mais velha, que na época tinha cinco anos e desencadeou crises respiratórias gravíssimas, sendo impossibilitada de estar próxima de poeiras e pêlos. Sem sucesso com nenhum tratamento, ela se consultou com uma médica homeopata que explicou que não teria mais o que ser feito e que o único meio era comprometer sua filha a um tratamento de choque, expondo ela ao vírus. Então, ela tomou a decisão de adotar um gato. Marlize, mesmo receosa, pegou o “Caco”, o gatinho amarelo salvador. Após dois dias. sua filha melhorou.
Um belo dia, ela deixou sua filha na escola e na volta ela escutou um miado, era um gatinho abandonado que acabou levando para casa, seu nome era Théo. Após Théo, apareceu uma gata que deu cria no seu quintal e a família se apaixonou pelos filhotinhos. Com isso, as pessoas começaram a abandonar todos os dias ninhadas, gatos amarrados e doentes em sua casa.

Ela começou a tentar doações, mas, na maioria dos casos, ninguém adotava, ficando para ela os cuidados. Só depois ela teve o entendimento do preconceito que a sociedade tem com os felinos, principalmente os pretos .E para piorar a situação, várias pessoas deixavam os gatos argumentando ser “lar temporário” e nunca mais dava as caras.
Nessa época, ela bancava tudo, até que 17 gatos foram envenenados. Marlize chegou a fazer boletim de ocorrência e nada adiantou, traumatizada de ver cenas fortes de sofrimentos ela procurou e encontrou uma casa na área rural. Mesmo fora do meio urbano, as pessoas a procuravam com ameaças de abandono se ela não aceitasse cuidar dos gatos e ela sempre deixou o coração falar mais alto.
Hoje, ela cuida de 51 gatos e todos têm nomes, são bem cuidados.

A galerinha felina precisa de ajuda com alimentações, medicações e areias higiênicas. Marlize já faz várias rifas e promoções, mas devido às precariedades econômicas sociais, são poucas pessoas que ajudam.
“Se alguém hoje me dissesse: “vou te dar uma casa luxuosa com todo conforto do mundo, mas você não poderá ter os gatos”, recuso. Estes gatos são minha vida”, fala Marlize Procópio

São gastos 120 kg de rações por mês e ela não tem ajuda fixa.
“O que mais aprendi com tantos resgastes, foi fazer de tudo para salvar uma vida. Deveriam existir Leis mais rígidas para caso de envenenamento e lugares para guardar os animais abandonados, fazer feiras de adoção com ajuda mútua, os protetores estão sobrecarregados por inconsequência de quem abandona. A castração é a única saída” declara Marliize
Para ajudar “A galerinha felina da Marlize”, é pedido a doação da ração SPECIAL CAT para gatos castrados ou PIX: [email protected]
O local é aberto para as pessoas irem conhecer, é só entrar em contato no instagram : @galerinhafelina.marlize
É bacana ver pessoas que fazem por amor, concordam? Para as pessoas que amam gatos e por algum motivo não pode adotar, pode apadrinhar os gatinhos da Galerinha Felina.
Bora ajuda esta galerinha?
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Quero agradecer a Beatriz que escreveu essa linda reportagem sobre a História da Galerinha Felina. Muito obrigada pelo carinho. E a todos que possam ajudar a Galerinha , entrem em contato. Lambeijos da Galerinha?