Santa Cruz do Rio Pardo é uma cidade que já teve a presença muito forte de coronel e mandatário. Um deles era Joaquim José Botelho. Um alguém esquecido pelos santa-cruzenses até 2010, um líder político em toda terra de Lençóis Paulista.
Nasceu em Cabo Verde, Minas Gerais, em 1838, é filho de Antonio Botelho de Carvalho e Maria Theodora do Valle. Em 1874, foi quando assumiu liderança política em Santa Cruz com destaque na primeira candidatura da eleição municipal em 1876. Tudo isso pela influência de Francisco Dias Baptista, coronel em Lençóis.
Mesmo com forte presença, foi derrotado. Mas ele fazia parte do Partido Liberal que assumiu a Província de São Paulo e recebeu o cargo de subdelegado de Polícia para a cidade de São Pedro do Turvo.
Também por influência política, foi nomeado Agente de Correio da Piedade, a sua exoneração foi em 16 de novembro de 1880, época que deixou o título de chefe dos liberais na cidade de Santa Cruz.
Em 1883, seu nome voltou a aparecer em um abaixa assinado para instalação de uma comarca em Santa Cruz do Rio Pardo. Ação que teve a presença política do deputado Emygdio José da Piedade e outros nomes de peso santa-cruzense.
Joaquim casou-se com uma parente, talvez uma prima, a Maria Bárbara de São José. O destino fez com que ficasse viúvo e casou mais uma vez com Maria Cândida de São José, em São Pedro do Turvo no dia 5 de novembro de 1910.
“José Antonio Gouveia, o primeiro consorte de Maria Cândida de São José protagonizou um dos maiores “gritos de terras” no Vale do Paranapanema, a Fazenda Pirapó/Santo Anastácio – 200 mil alqueires, exibindo registro paroquial lavrado em 1856, com falsa assinatura do registrador Frei Pacífico de Monte Falco, o vigário de São João Batista do Rio Verde – hoje Itaporanga”,
O coronel Joaquim faleceu no dia 2 de janeiro de 1912 aos 74 anos. Veio a óbito com o reconhecimento populacional de cidadão honrado e que recebeu elogios de conservadores.
Fonte: livro “’Santa Cruz do Rio Pardo – Nos tempos dos coronéis e mandatários” – Celso e Junko Sato Prado
