Chegou o momento de contar um pouco sobre a Feira Agropecuária e Industrial de Ourinhos, a FAPI. Especificamente sobre uma parte da história que, talvez, muitos não saibam. É a relação dos imigrantes japoneses com esta maravilhosa festa do município. Tudo começou lá nos tempos da Cooperativa Agrícola.

Foi uma empresa que marcou um período de fartura na economia da cidade. Na época, o que os ourinhenses mais consumiam eram cereais e a Cooperativa ajudou a aumentar a ingestão de frutas, verduras e legumes plantados 100% pelas mãos japonesas.

Esta grande produção estimulou a realizar uma Feira Japonesa que era realizada anualmente no bairro rural Mundo Novo. “Nesse bairro, a gente fazia exposição todo ano dos nossos produtos agrícolas: bicho-da-seda, ovos, frutas, flores, lebre, ovo, verduras e muito mais”, conta Fernando Nagae.

Foto: “Um olhar sobre a presença japonesa em Ourinhos” – livro

O evento começou a ganhar muito destaque e, consequentemente, a atrair muitos visitantes. Empresários sacaram a importância do movimento e decidiram agregar o setor industrial ao setor do hortifruti. “O movimento era tão grande, a feira tão bonita e bem-feita que passou para o Monstrinho”, declara Nagae.

Assim, surgiu a FAPI. A primeira edição foi do dia 15 a 21 de maio de 1967 no Ginásio de Esportes “José Maria Pascoalick”, ou Monstrinho. Muitos ourinhenses se lembram direitinho desta época, afinal, a feira foi produzida no espaço até 1971. Depois, passou para o Parque Olavo Ferreira de Sá, local que é colocada em prática até no presente.

Nas primeiras edições, eram, aproximadamente, 150 japoneses que participam com o objetivo de expor o lado agrícola do município. A intenção era de estimular o agricultor e destacar as qualidades dos produtos fresquinhos.

Foto: “Um olhar sobre a presença japonesa em Ourinhos” – livro

“Na exposição, tinha uns cachos de mamona bonitos de qualidade. No início da FAPI, eu participei, tirei até o primeiro lugar de produtor de couve-flor, repolho e soja”, relata Hayachida.

A feira fazia diversas pessoas da região viajarem até Ourinhos. As pessoas até tinham dificuldade em andar no local de tanta coisa exposta. Portanto, para os imigrantes era a melhor forma de divulgar os resultados das suas lavouras e sem saberem ajudaram a iniciar uma linda tradição agrícola pecuária na cidade. Inclusive, é neste ano, 2022, que a FAPI volta a ser ativa no município.

Fonte: “Um olhar sobre a presença japonesa em Ourinhos” – livro


Você sabia disso? O que mais você sabe sobre a FAPI e os imigrantes em Ourinhos? Queremos saber!


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