Quando ele estava cursando Direito, veio a notícia de um duro diagnóstico: uma grave doença acometera seu organismo. A partir dali, Edio de Marchi Sandalo precisou parar tudo que estava fazendo: a faculdade, a vida social, a preparação para a carreira profissional e até mesmo a convivência com amigos e familiares. O tempo exigia que começasse o tratamento logo.

Nascido em Marília em 11 de junho de 1997, este jovem torcedor do Palmeiras cumpriu o que o hino do seu time diz: sabia o que viria pela frente, principalmente que a dureza da luta não tardaria. E Edio lutou.

Os meses de tratamento não foram fáceis, conforme ele mesmo descreveu, “Desde quando eu descobri a doença, eu sempre acreditei que conseguiria a cura. Mesmo após os meus dois irmãos não sendo compatíveis comigo, eu ainda acreditava que existia alguém por aí que poderia ser a pessoa que salvaria a minha vida!”, descreveu. O estudante universitário precisava de um transplante de medula óssea e, até conseguir órgão compatível, viveu na agonia da espera.

“Lembro que por muitas vezes, enquanto estava internado na ala B da Santa Casa de Marília, sempre ouvia pessoas, jovens da minha idade rindo e passeando na frente do hospital. E eu lembro de desejar muito ser um deles, ter uma vida normal”, relatou.

Edio fez um primeiro transplante, em Jaú. Superou a UTI e, um ano e três meses depois, a doença ressurgiu. “Tive que fazer tudo novamente: passar  por toda a dor novamente. Para ser sincero, nessa hora eu não acreditava mais, me sentia muito frustrado”.

“Mas com toda a força, amor e suporte da minha família, eu me reergui e passei bem todos os dias de internação em Jaú, inclusive com os 28 dias que passei consciente dentro da UTI para receber um tratamento de quimioterapia experimental. No fim, deu tudo certo, e pude concluir meu sonho!”. O sonho dele era se tornar bacharel em Direito, o que ele realizou!

Momento da defesa da monografia de Edio de Marchi Sandalo no curso de Direito em Marília

“O sentimento é da mais completa realização e de muita felicidade, eu realmente me sinto como um vitorioso por ter passado por todo o meu extenso e difícil tratamento e ainda estar aqui para viver e desfrutar da vida!”

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