“Plantar o amor. É isso que vai salvar o mundo, as pessoas.” É este ideal que move a artesã jundiaiense Denise Marra em suas ações que está inspirando muita gente e, sem dúvidas, está ajudando e ajudará a muitos com suas máscaras do bem!
Desde março, Denise está em ritmo acelerado na produção de máscaras de pano, tudo isso para ajudar quem mais precisa se proteger nesses tempos de pandemia, como também a uma família do Guarujá, que sofreu alguns tristes episódios de maneira seguida.
A diferença na vizinhança
E toda essa movimentação, acredite, começou em um grupo dos vizinhos no WhatsApp! Denise explica que já sentia uma vontade de costurar máscaras para quem mais precisava nesse momento e, estava decidida em começar. E, olha só: no dia seguinte, uma vizinha mandou naquele grupo mesmo no WhatsApp se alguém conhecia que fazia máscaras de tecido, e foi aí que Denise deu o ponta pé inicial.
“Eu respondi que fazia. Ela então falou que no outro dia sua mãe iria ao médico e me perguntou se eu conseguiria entregar até a manhã seguinte, e eu disse que sim. E foi assim que começou. Quando fui entregar e vi que era pra mãe dela, uma senhorinha idosa, eu não tive coragem de cobrar, afinal, era uma pessoa que precisa“, relembra.
E, mesmo questionada quanto que era a máscara, Denise reafirmava que era de graça, um gesto de ajuda a quem realmente necessitava daquela proteção. O belo gesto se espalhou e outros vizinhos começaram a também pedir máscaras para seus pais idosos, seus avós, a fim de poderem sair com mais segurança. “E nisso a demanda começou a aumentar muito, e uma das minhas vizinhas, a Ana Claudia, que é costureira de um ateliê e que estava afastada, me ofereceu ajuda“.
Denise comenta que a procura era tamanha que nem com ajuda havia máscaras à pronta entrega, e foi necessário fazer uma ‘lista de espera’ de pedidos. “E foi a partir daí que também fizemos uma espécie de regulamento, que estabelecia no máximo 4 máscaras por vizinho, e não mais do que isso. Costuramos quase 20 dias direto só atendendo a demanda dos vizinhos”, afirma.
Reerguimento
Após alguns dias de parceria, Ana Cláudia foi chamada volta ao ateliê e, infelizmente não pôde mais ajudar Denise na confecção das máscaras. E, justamente nessa época, chegaram notícias de uma família amiga do Guarujá, muito próxima de Denise.
“A situação deles era lamentável: enfrentaram o problema das fortes chuvas de março, que inundou a casa. Depois, a ressaca do mar veio e, além de prejudicar e interditar o banheiro, cobriu a casa de areia. A esposa é recém-operada de um câncer e está se restabelecendo, e ele, com essa crise do Coronavírus, perdeu o emprego.
Denise, naquele dia, ouviu talvez as palavras mais tristes de sua vida: que, a única coisa que tinham era o nome deles e uma dívida no cartão. “Ficou então tudo muito difícil, eles ficaram sem esperança. Me cortou o coração quando me falaram isso.” E foi aí que as máscaras entram em cena novamente: “Então pensei: se eu tô costurando máscara pros vizinhos, por que não costurar pra eles também e ajudá-los?“
E assim, desde o início de abril, a artesã começou a vender as máscaras e reverter toda a renda para pagar a dívida do cartão e a consertar o banheiro da família.
Corrente do bem
Ah, e Denise já deixou claro uma coisa: com o dívida da família batendo o valor de 9 mil reais, sua meta seria continuar costurando até pagar tudo. “Até o momento, já levantei 1100 reais com as máscaras”, comemora.
Mas ela não está sozinha não, viu? Vendo todo o esforço da artesã, no final do mês de abril algumas vizinhas resolveram também botar a mão na massa e fazer prendas para uma rifa solidária. “Nosso objetivo é vender 150 números a 10 reais cada, sendo que há um total de 14 prendas para os participantes desta ação.”
E a artesã também lembra que seu gesto de solidariedade já foi reconhecido pelos vizinhos, e que já ganhou até almoço, bolo e vídeos de agradecimento. “Não tem dinheiro no mundo que pague todos esses gestos.”
Eu sou muito grata a Deus por me permitir que, através do meu trabalho, eu consiga ajudar meus vizinhos, meus amigos e parentes, e qualquer outra pessoa. O meu jargão e que eu sempre mando junto das peças quando as entrego é ‘plante amor por onde for’. Eu acho que é isso: plantar o amor, a sementinha do bem, porque é isso que vai salvar o mundo, as pessoas. O Coronavírus será vencido por amor.
Para adquirir um número da rifa e fazer doações de itens ou em dinheiro, é só entrar em contato com a Denise das seguintes formas:
Denise Marra – Arteando
Você também pode, como a Denise, ajudar como puder e fazer a diferença! Bora? ??
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