Se você era jovem na década de 1990 e 2000 e curtia as bandas independentes e autorais, com certeza se lembra desses momentos, em que a rede ultrapassava as diferenças de classes sociais e a música unia os jovens num mesmo objetivo. 

Daniel conta que o documentário trará cerca de 45 depoimentos de integrantes de bandas, pessoas que participavam e organizavam o movimento. 

SOBRE O MOVIMENTO 

O movimento, inspiração do documentário, aconteceu na década de 1990 e 2000, em uma época onde não se tinha fácil acesso à internet e as pessoas costumavam se reunir para conversar, trocar experiências e curtir um som.  

Nesse período surgiram alguns festivais na cidade e o mais icônico foi o festival da Boa Vizinhança, que teve algumas edições e, agora, inspirou o documentário sobre o movimento.

“Foi uma época onde a cada duas semanas ou a cada mês tinha um festival na cidade. A gente sabia que a cada duas ou quatro semanas ia ter um lugar quente e encontrar pessoas que pensavam como nós e que acabavam se tornando amigos. Poder ouvir um som e ver as bandas de amigos era o evento social da época e rolavam centenas de pessoas. Acho que o mais icônico foi o Festival da Boa Vizinhança“.

SOBRE O DOCUMENTÁRIO 

O documentário é uma idealização do Daniel, que viveu aquele período de forma intensa e contou que o movimento foi importante para sua formação como pessoa e para a cena cultural da cidade de Botucatu. 

“Para quem viveu aquilo, foi  importante para nossa formação e ao mesmo tempo bate  a nostalgia de uma época em que a gente via bandas de amigos adolescentes conseguirem gravar um álbum numa Botucatu de 1990, 2000. Os caras tinham um álbum e, às vezes, conseguiam fazer shows em São Paulo, abriam um show de bandas grandes e a gente vibrava com eles. A gente adorava ter essas bandas aqui” 

A intenção do documentário é deixar um registro histórico desse movimento e do impacto que ele teve na vida das pessoas que participavam e até mesmo um marco da cidade. 

“ Botucatu tem muitas histórias interessantes de maneira geral e a gente ainda não tem o costume de documentar isso em vídeo. A nossa proposta é justamente ter o documento histórico contando como foi que aconteceu determinado movimento cultural que fez parte da história da cidade.” 

DESAFIOS 

Durante a conversa, Daniel disse que o principal desafio está sendo organizar e produzir o documentário sem ter uma base de capital arrecadado. No início da produção, todos os custos estavam sendo bancados por ele, mas o documentário se estendeu, pois durante as pesquisas ele notou que existiam  mais histórias para contar e decidiu prolongar as filmagens. 

Com isso, criaram uma campanha do site Benfeitoria, que é uma vaquinha virtual para conseguir fundos e garantir o pagamento de uma equipe, mesmo que seja um valor simbólico. No site Benfeitoria você pode comprar itens que remetem à época, como um pendrive com músicas que marcaram aquele tempo, camiseta do documentário e o também o ingresso para ver a pré-estreia do documentário 

PRÉ-ESTREIA 

A pré-estreia vai acontecer no dia 4 de novembro, no Teatro Municipal. Os ingressos estarão à venda pelos próximos 25 dias no site https://app.benfeitoria.com/projeto/docboavizinhanca

A sessão  vai ter um show da banda Rudeness, uma das mais queridas pelo público na época. 

Então, se você quer relembrar ou conhecer esse movimento, acesse o site da benfeitoria e garanta o seu ingresso. 

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