Você sabia que peças de roupa e tecido não recicláveis, normalmente, têm como destino os lixões à céu aberto e aterros sanitários – quando não são queimadas? Dessa forma, os materiais contaminam o meio ambiente no ritmo acelerado da produção industrial, em que compramos cada vez mais e descartamos rapidamente. É nesse contexto que surgiu o projeto bauruense Crisálida, uma proposta que une empreendedorismo, economia criativa, moda sustentável e circular.
Julia Goya é responsável pela capacitação dentro do projeto e explica que, entre as propostas da ASCAM (Associação dos Catadores de Materiais Recicláveis de Bauru e Região), há o Programa REUSE, que visa dar um destino ecologicamente correto à grande quantidade de materiais que recebe nos Ecopontos e também dos materiais coletado pelo poder público, como eletrodomésticos, móveis, madeira, roupas e tecidos. De acordo com Júlia, vários desses materiais já são vendidos ou doados. “Porém, itens referente a vestuário ainda são destinados ao aterro sanitário e em grandes volumes”, pontua.
Por isso, o Crisálida “busca dar um novo significado para roupas e objetos de vestuário descartados e também para cada uma das cooperativadas que participarão do processo de capacitação. Assim, o que antes seria lixo poderá se transformar em um novo objeto com valores e significados”, declara Júlia.
“o Projeto Crisálida tem como objetivos incentivar a produção cultural autônoma, ampliar o acesso a técnicas artesanais, fortalecer o artesão independente, agregar valor a produtos artesanais, disseminar conhecimento técnico-artístico e diminuir a quantidade de resíduo têxtil nos aterros”
Julia Goya, responsável pela capacitação do Projeto Crisálida
Participação da comunidade no projeto bauruense
Júlia conta que o projeto tem encontros semanais na ASCAM, no momento, com um grupo de seis mulheres. Lá, elas estão aprendendo sobre separação têxtil, bordado, crochê e, futuramente, criação e modelagem.
Dessa maneira, as pessoas que quiserem ajudar e doar resíduo têxtil doméstico e roupas podem entregar as peças na sede da ASCAM.
Além disso, Júlia também observa que o apoio vir pelas redes sociais, tanto do Projeto Crisálida quanto da ASCAM Bauru, que produzem conteúdos informativos sobre reciclagem e que contribuem para que a população da cidade conheça os processos da coleta seletiva do município.
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