No centro de Botucatu vive um senhor muito conhecido pelos moradores, principalmente os mais antigos. Estamos falando de José César Varoli, lembrado mais pelo seu apelido, Seu Vavá! A Solutudo foi conversar com esse botucatuense que é um grande contador de histórias da cidade. ??

O contador de histórias, Vavá Varoli, (Foto: Nathan Corte).

Quem é o Seu Vavá?

Antes de saber de algumas histórias, vamos saber um pouco mais sobre o Seu Vavá? Ele é casado há quase 60 anos com a dona Adelaide, com quem teve seis filhos. Sua esposa, mesmo sendo itapevense, considera a Terra dos Bons Ares a sua cidade do coração e tem um grande carinho pelo município.

“Eu acho que Botucatu é uma cidade maravilhosa de se morar!”

Vavá Varoli e sua esposa Adelaide Varoli, casados há quase 60 anos. (Foto: Nathan Corte).

Vida em Botucatu

E foi em Botucatu, mais especificamente na Rua Amando de Barros que o casal se conheceu. E justamente a rua em que o Seu Vavá conheceu grandes histórias de vários moradores da cidade.

Hoje em dia ele é aposentado, mas passou grande parte da sua vida sendo marceneiro, além de já ter trabalhado também em um armazém e em uma farmácia. Com um marido apaixonado pela cidade e por histórias, dona Adelaide brinca com o entusiasmo que seu marido tem.

“Eu falo: ‘Quer se esconder dele venha em casa’, ele tem uma paixão pela rua…”

Enquanto tomava um cafézinho, Seu Vavá contou algumas histórias que guarda em sua memória, todas ocorridas em Botucatu, a cidade que ele tanto ama. Confira só!

Vavá Varoli. (Foto: Nathan Corte).

A Família Bacchi

Segundo o Seu Vavá, o senhor Bacchi tinha uma das maiores indústrias da cidade de Botucatu. Ele tinha também uma Usina que ficava perto do Rio Pardo.

Segundo o relato, a família Bacchi recebia algumas barricas misteriosas, que ninguém sabia ao certo o que havia dentro. Seu Vavá, então, soube mais tarde que dentro tinha várias caixinhas cheias de dólares! Uau!

As barricas da Família Bacchi causavam curiosidade entre os moradores da cidade. (Foto: Reprodução).

Catedral

Nessa conversa, Seu Vavá também contou sobre uma curiosidade da Catedral Basílica Sant’Anna. Atualmente a porta de entrada fica de frente para a Avenida Dom Lúcio, em direção a Praça Rubião Júnior, mas nem sempre foi assim…

Seu Vavá, que era criança na época, diz que em meados do início da década de 1940 a Catedral era voltada para o outro lado, sendo então a porta de entrada do lado oposto do que é atualmente. Ele conta que esteve, aliás, na última missa antes da mudança! Interessante, né?

Catedral Basílica Sant’Anna. (Foto: Solutudo Botucatu).

Divisão de cama

A história mais distinta de todas é da divisão de cama. Seu Vavá conta que quando ele era adolescente, soube de uma história que chamou sua atenção. Dois viajantes, com um pouco mais de 40 anos, estavam fazendo uma viagem para o Norte do Paraná, e passavam de cidade em cidade em busca de um pouso.

Ao chegar em Botucatu, acabaram indo para um bordel, onde acabaram tendo que dividir a cama para economizar dinheiro, e assim ficaram até saírem da cidade.

Os viajantes tiveram que dormir juntos na mesma cama para economizar o dinheiro. (Foto: Reprodução).

Pedutti

Seu Vavá lembra também de Emílio Pedutti, ele diz que este era um dono de mais de 150 cinemas em todo o Brasil. Ao contratar os serviços de marcenaria de Seu Vavá e seu pai, que também era marceneiro, foi descoberto então que haviam 10 cofres localizados no cinema, de forma discreta.

O contador de histórias diz também que Pedutti tinha um informante que lhe contava todos os roubos que ocorriam na cidade. Misterioso!

Emílio Pedutti, grande nome de Botucatu. (Foto: Reprodução).

Você conhecia o Seu Vavá? Já ouviu alguma dessas histórias? Qual te chamou mais a atenção? Ele diz que poderia passar horas contando várias, mas a prosa ficou para outro dia!

Vavá Varoli (Foto: Nathan Corte);

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