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Quando pensamos em goleiro, logo pensamos na imagem de um atleta com uniforme diferente dos demais companheiros e utilizando uma luva para o jogo. Esta é a imagem tradicional, mas nem sempre foi assim. Antigamente, era permitido o goleiro atuar sem as luvas. E para confirmar esta informação, uma linda história você pode ler iniciando no parágrafo abaixo.

Nascido em Jaú no ano de 1945, Antonio Carlos Milano, mais conhecido como Tuniro, começou cedo a jogar futebol. Por influência do pai, que também era apaixonado por futebol, o jovem atuava no futebol de salão defendendo times da cidade quando foi descoberto pelo XV de Jaú aos 17 anos. Para ser melhor observado, recebeu um convite para iniciar os treinamentos no Galo da Comarca e não parou mais.

Goleiro Tomires quando defendia a equipe do Comercial – RP – Foto: arquivo pessoal

“Com 15 anos, joguei dois campeonatos na cidade. Tínhamos um time com muita gente boa. Fomos campeões e o XV me descobriu. Comecei a treinar e naquele tempo não tinha preparador de goleiros, quem nos treinava era o próprio treinador do time. O preparador físico era um membro do exército de Jaú. Passei por vários treinadores no Galo”, relembra Antonio.

Tomires defendendo o XV de Jaú na década de 60 – Foto: arquivo pessoal

INÍCIO COMO JOGADOR

Sua primeira experiência como profissional ocorreu em 1963 pelo Campeonato Paulista, no intervalo da partida entre Ponte Preta x XV de Jaú, Tuniro recebeu o uniforme das mãos do goleiro titular, o Inocêncio, um dos grandes nomes da história do Galo da Comarca, e entrou para a partida. Iniciou naquele momento a sua carreira como jogador profissional de futebol.

“O jogo foi em Campinas, estádio lotado, o melhor goleiro que vi jogar foi meu ídolo Inocêncio e ele me disse: agora você joga garoto, entra e vai para o jogo. Fui para o jogo e empatamos em 0 a 0. Graças ao Inocêncio iniciei como titular. Comecei em 1962 e joguei até 1966 no XV de Jaú”, explica o jogador.

Tomires destacado na foto, defendendo o XV de Jaú na década de 60 – Foto: arquivo pessoal

Sobre não utilizar luvas, Tuniro confirma a informação. “Nunca usei luva, joelheira ou outro equipamento. Apenas esparadrapo no punho e ia para o jogo. Treinava igual um doido. Eu falava o jogo inteirinho, dominava do gol até o meio de campo. Orientava todo o time e para entrar na defesa do nosso time era muito difícil. Fui muito feliz no XV de Jaú e atuei em grandes jogos”, assume o goleiro.

Tomires na foto, enfrentando o Santos de Pelé, que aparece na foto assistindo o lance – Foto: arquivo pessoal (Comércio do Jahu)

Após passagem pelo XV de Jaú, Tuniro acabou sendo negociado e teve passagens por outros clubes, destaque para sua passagem no Ituveravense, clube onde se aposentou. Pelo Comercial, clube que trabalha até hoje, sendo responsável do setor administrativo. Jogando em uma época privilegiada, Tuniro atuou ao lado de grandes craques, como Afonsinho, Leão e Pelé, o rei do futebol. Histórias é o que não faltam.

“Quase fui vendido para o São Paulo. Após uma partida contra o Jabaquara, existia um auxiliar do São Paulo e queria me contratar junto com outros quatro jogadores do XV. Queriam conversar com a diretoria do São Paulo, mas não deu certo. Paciência”, conta Antonio.

MASTER

Por falar nisso, o Comercial e XV de Jaú são os dois clubes do coração do Tuniro e já teve reencontro com as duas equipes masters celebrando a amizade no futebol e o respeito ao esporte. “Joguei seis anos pelo XV e seis anos pelo Comercial. Também fui campeão com a Penapolense junto com o amigo Nascimento, também companheiro no XV de Jaú. Tive uma história muito bonita no futebol, sempre gostei deste esporte e vivo ele até hoje”, exalta.

Da esquerda para direita: Tota, Paulinho, Nascimento, Sormani, Tomires e Barreto – Foto: arquivo pessoal

Atualmente, Tuniro mora em Ribeirão Preto e vive com sua família, mas mantém os laços com Jaú, onde cultiva grandes amizades e sempre acompanha as notícias do XV de Jaú e torce para que o Galo conquiste o acesso.

“Faz 41 anos que estou no Comercial, mas nunca esqueci do XV de Jaú. Sempre falo para todos sobre o Galo da Comarco, falo onde iniciei, como foi o meu começo. Tenho muito carinho e acompanho todas as notícias do XV de Jaú com muito carinho. Torço pelo acesso do time e que volte o mais rápido possível para a primeira divisão”.

Foto: arquivo pessoal

São histórias que aquecem o nosso coração, né?!

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