Sonia Pincinato Ercolin é moradora de Jundiaí desde sempre, ela não sabe ao certo a data que começou a coleção, mas acredita que faz uns 6 anos e é impossível escolher um só preferido! Sua sobrinha Samara (lembra dela?) foi sua inspiração, ela que já tinha uma coleção de imãs de geladeira, que também tinham o nome de lugares que viajava ou ganhava dos amigos, e foi a partir dessa coleção que Sônia começou a se interessar.

“Como eu sempre gostei de coleção, eu pensei ‘Também quero fazer, mas não ia fazer de imãs igual ela, então vou fazer de chaveiro’” foi aí que surgiu a ideia e Sônia também começou a sua coleção, e sua sobrinha ainda continuou com a dela.

Paixão por coleções

Essa não foi a sua primeira coleção, “Eu sempre gostei de coleção, já tive coleção de selos e cartão de telefone, eu tinha bastante… A de telefone eu ainda tenho guardado em algum lugar”, a coleção de selos foi vendida a um escoteiro italiano que se interessou pela mesma por serem, em sua maioria, selos brasileiros.

A maioria de seus chaveiros são ganhos, “Eu comecei assim, queria um de cada país, cidade ou estado, para não ter um volume tão grande. Mas aí as pessoas ficavam sabendo, iam viajar e acabavam me trazendo e eu não ia falar ‘já tenho, não quero’!” Então Sônia foi juntando vários chaveiros, tem alguns que ela acaba comprando quando viaja ou encomendando pela internet. “Tem alguns que não tem o nome, mas como você vai descartar um chaveirinho desse!”

Ela coleciona chaveiros com o nome de um local, cidade ou país, “Tem que ser de algum lugar específico”, ela já conversou com outros colecionadores de chaveiros, mas acredita ser a única que só coleciona este tipo de chaveiros.

Ela os organiza muito bem, separando em caixinhas e organizando por país, municípios do estado de São Paulo e dos outros estados do Brasil. Inclusive ela desenhou uma caixinha e mandou fazer para colocar alguns de seus chaveiros. “A ideia surgiu porque eu precisava colocar em algum lugar… E as pessoas falavam ‘você tem esse’, e eu não sabia e tinha que procurar… porque são muitos… Se eu separar vai ficar mais fácil!” Os que não estão na caixinha ela coloca em tubos de bolinha de tênis que ganhou.

Fora isso, Sônia é tão organizada que possui uma relação de seus chaveiros no celular! “Se eu tô em algum lugar, ‘ah você tem tal’ aí eu vou no celular e vejo!” Dá pra acreditar?! Além de toda a organização, quando ela ganha um chaveiro novo, vai procurar saber mais sobre o local, se é cidade, país, comunidade, e acaba conhecendo sobre o mesmo também, podendo ter conhecimento de várias culturas! Ela sabe a história de cada chaveiro! Alguns mais sensíveis ficam guardados num tubo separado, pois ela tem medo que quebre, como os feitos de resina ou pano.

Ela conta que apesar de ganhar bastante, também já levou ‘balão’ de vários chaveiros, com alguns escoteiros por exemplo, onde mandava o lenço do Grupo Escoteiro Curuqui, no qual faz parte há 21 anos e em troca ganhava o chaveiro da cidade do outro escoteiro. “Muitos só foram e não voltaram!” Mas fora algumas exceções, ela fez muitas amizades no escotismo e ganha muitos chaveiros de seus amigos escoteiros de dentro e fora do grupo.

Em questão de dificuldades para conseguir chaveiros, tem alguns que ela considera mais comuns como os da Itália, França e Portugal, e tem outros países que são mais difíceis por não serem tão visitados, como Malta e Finlândia, mas possuí chaveiros de todos os cantos do mundo, América, Europa, África, Ásia e Oceania!

Agradecimentos e histórias

Assim que ganha novos chaveiros ela costuma postar e agradecer no Facebook, tira fotos e anota o nome de quem o deu, pois no início acabava esquecendo de quem ganhou alguns chaveiros por serem muitos. Quando conversamos com ela, Sônia havia ganhado vários novos chaveiros!

Perguntamos se ela tinha alguma história legal ou interessante com a coleção “O que eu acho legal é que no início eu pedia ‘Ah, você vai viajar? Traz um chaveiro pra mim por favor’, as pessoas traziam, agora eu não peço mais! Quando eu vejo, as pessoas estão batendo no portão para me trazerem, me ligam ‘vamos tomar um café? Trouxe um chaveiro pra você’! Isso eu achei legal! Então eu não fico pedindo, as pessoas vão e se lembram!” Uma de suas amigas lhe disse “Não tem mais como viajar sem lembrar de você, a gente bate o olho lá, vê chaveiro e lembra da Sônia!”

Seu sonho de consumo para a coleção é ter ao menos um chaveiro de cada país. Ela já tem 49 dos 193 países listados pela ONU, falta muito ainda, mas ela não desiste! Também quer ter um de cada estado, ainda faltam 4, Piauí, Amapá, Roraima e Rondônia!

Em relação aos municípios do estado, “São muitos… A maioria dos municípios nem tem chaveiros… Meu filho mora em Bragança, eu já falei ‘filho, por favor, acha um chaveiro pra mãe’, ‘ah não tem, eu já procurei!’, acho que se encontra mais nas cidades turísticas!” Ela também tem muitos de praias, e do litoral paulista só falta o de Cananeia.

Só tem alguns repetidos, como os da França que são mais comuns, são 6 Torres Eiffel! Isso que é gostar de Paris! “Do resto é incrível, mas vem sempre diferente!” Ela entra em vários grupos de viagens do Face pra fazer amizades, “Já que eu não vou, quando as pessoas vão, eu acabo pedindo”, assim acaba conhecendo pessoas na internet, começa a conversar, ela propõe que a pessoa compre para mandar e ela paga o chaveiro e a postagem, em alguns casos, acaba ficando de presente, pois tem gente que se recusa que ela pague.

O que eu acho legal é que você acaba fazendo amizades, acaba sendo reconhecida, lembrada, por causa dos chaveiros! A coleção é algo que envolve a pessoa, de um, você quer outro, e outro… É claro que tem que ter o cuidado de não gastar muito com isso. Cada chaveiro que chega, eu vou lá na internet e procuro… E você acaba conhecendo, localizando, pensando, ‘Claro que eu não ia viajar pra todos esses lugares’, mas você acaba se interessando por isso!

Tá quaaase acabando nossa #SérieColecionadores 🙁 Mas, epa, peralá que ainda tem mais! 🙂

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