Nossa série continua a toodo vapor e trazemos dessa vez a história da Samara Tavares de Araújo, que coleciona desde 2007 ímãs de geladeira! E ó, ela já começa dizendo que não é qualquer ímã que ela coleciona não, viu? Ela só aceita ímãs de lugares! ?

Porém, Samara não compra seus ímãs pela internet. “Eu quero que as pessoas me tragam de lá! Todos meus ímãs que estão aqui, foram trazidos do lugar! Eu falo ‘Você tá indo viajar? Eu faço coleção de ímã…’ A maioria já sabe, mas às vezes fico sabendo que o marido da minha amiga vai pra Finlândia, quem vai pra Finlândia? Então eu falo ‘Dá pra você trazer um ímã pra mim?’, daí acaba rolando um pedido, mas a maioria acaba trazendo por conta própria.”

Início da atração

Sua coleção começou quando seu amigo e chefe, Marcelo, viajou pra Barcelona, ele trouxe um ímã pra ela como lembrança do local. “Foi uma coisa tipo ‘Ah meu chefe me trouxe, achei bonitinho, vou colocar na geladeira’”. Ela nunca tinha reparado em ímãs até então, foi um presente que lhe foi dado com tanto carinho que a inspirou para que começasse sua coleção. “Porque ele chegou e falou ‘Lembrei de você lá’, foi o carinho com que ele trouxe que me fez gostar de ímãs. A ideia de que a pessoa tá lá do outro lado do mundo e lembrou de mim aqui, mera mortal, esse carinho que fez com que eu colecionasse. Acho que se ele me trouxesse uma rosa empedrada, eu ia começar a colecionar rosas empedradas por causa do carinho, mas como foi o ímã, acabei começando essa coleção.”

Samara já iniciou outras coleções, itens da Coca-Cola, papéis de carta, entre outras que estão guardadinhas com muito carinho, porém, a sua paixão é pela coleção de ímãs, que ficam todos espalhados na geladeira! Ela tem anotado no caderno a relação de seus ímãs e, ao todo, possui 330 ímãs de locais diversos. 10 deles estão em reforma, mas logo logo voltam pra coleção! “Eu guardo na geladeira, pois você fala ‘Ímã de Geladeira’, então eu me nego a colocar em qualquer outro lugar. Queria colocar no escritório, fazer um painel, mas isso vai ser no dia que não couber na geladeira.”

A sua coleção também tem as suas especificidades: tem que ser trazido do lugar por ela ou algum amigo, ou amigo de um amigo, e tem que ter o nome do local escrito, mesmo que seja a mão, podendo ser de cidades, países, estados ou continentes. “Eu tenho de países de todos os continentes, ainda não tenho de todos os estados do Brasil, mas meu objetivo é ter ao menos todas as cidades próximas da região. Quando a coleção começou a ficar maior eu comecei a procurar ímãs do interior, mas é muito difícil encontrar de algumas cidades.” Da região ela só tem ímãs de Jundiaí e Louveira, por enquanto. “Será difícil conseguir de todos os países também pois, como eu quero estar no lugar, ou que as pessoas próximas a mim estejam lá, é muito mais difícil. Tem países que as pessoas quase não visitam e, quando acontece, ainda sim é difícil encontrar o ímã por lá!”

Mais do que lembranças

Samara lembrou que recentemente ganhou ímãs de um amigo, “Ele é um senhorzinho de 90 anos que foi pra Cuba, eu falei ‘Cuba eu não tenho’, e ele me trouxe uns 20! Eu dei alguns repetidos de presente e os que eram diferentes eu guardei, ele falou ‘Você não tem noção de como é difícil achar’, pois ele foi em algumas cidades não tão conhecidas, mas ele trouxe!” Assim como esses, a maioria de seus ímãs são presentes.

Ela nos disse que em quase todos lugares você encontra os ímãs, principalmente lá fora, em cidades turísticas, mas tem algumas exceções. “Por exemplo, fui pra Barcelona, que é uma cidade turística, Lisboa e Sintra também, mas se você for em uma cidadezinha pequena entre elas, você já não acha, tem que dar uma garimpada, procurar locais de artesanato… Quando eu fui pra São Luiz do Paraitinga foi muito difícil achar, não tinha! Penei, fui em loja de artesanato, em outra lojinha, fui passeando e teve uma senhorinha que falou que tinha, era um calendário que tinha escrito o nome da cidade, daí eu arranquei o calendário e guardei o ímã!”

Os prediletos

São tantos ímãs! Perguntamos se ela tinha um preferido: “Tem o primeiro que ganhei, pela consideração, que é o de Barcelona, que se parece com o símbolo da Coca-Cola; por eu ser arquiteta gosto muito de olhar o de Amsterdã, que é uma placa com umas casinhas. É difícil escolher um, pois eu gosto de vários, mas se for pra elencar os que mais gosto, são esses dois.”

Na hora que estava nos mostrando os ímãs em sua geladeira, viu outros que também adora, como o de Veneza e o de Xangai. “Uns que eu gosto também por serem de lugares diferentes é Bangkok (Tailândia) e Indonésia… Outro que é legal é o de Montreal, tem um amigo meu que é brasileiro e tá morando no Canadá, toda vez que ele volta pro Brasil ele me traz um ímã!” Pudemos entender a dificuldade em escolher um só, afinal…são todos lindos!

Uma outra história legal em relação a sua coleção foi quando seu amigo Thiago viajou pra Austrália, “Eu falei pra ele, me leva… me leva! Eu levei ele no aeroporto, dei uma fotinho minha pra ele levar, ele tirava fotos em todos lugares e me mandava, daí quando ele me deu o ímã, ele havia pegado uma foto nossa e juntou com uma foto que tirou lá e mandou pra mim no ímã, eu achei muito interessante ele me trazer um ímã que contasse a história que a gente viveu juntos, mesmo não podendo estar presencialmente lá, com ele”. Além de seus amigos, sua mãe, tia e marido são as pessoas que mais a ajudam com a coleção! “Quando veem que alguém está indo viajar pra algum lugar, as duas me avisam. E meu marido foi o principal colaborador para os ímãs do Brasil porque ele viajava muito a trabalho e sempre me trazia ímãs!” Legal, né? ?

Dentre os ímãs que possui, considera os da Finlândia, Nova Zelândia, Patagônia, China, Catar e Singapura os mais raros, pois são lugares que considera mais remotos. “Minha meta é nunca parar, poder viajar pros lugares que ainda não tenho e trazer, não vou parar, nem jogar fora! Meu plano é deixar eles na geladeira, quando não couber, vou comprar uma maior e depois montar um painel no escritório e, quando não couber mais eu troco de casa!”, disse rindo.

Um outro sonho de consumo é ter todos os países e os estados também. “Acho que dos estados é mais fácil de conseguir e não tenho tanta pressa, porque quero conhecer pessoalmente. Já conheço a maioria, mas alguns como o Amazonas é um dos que eu ainda não tenho e quero conhecer. Se eu tiver no final da vida e não conseguir ir pra lá, daí eu peço!”

No meu caso, a coleção começou através de um gesto de carinho. Acho legal a coleção porque as pessoas acabam se lembrando de você quando viajam e quando voltam falam: ‘você precisa vir em casa pra eu contar sobre a viagem e te entregar o ímã que trouxe de presente pra você’. Acho legal fazer uma coleção justamente por esse carinho que rola e também pela pessoa se lembrar de mim.

E ó, hoje é sexta-feira mas ainda não acabamos não, viu? Temos o final de semana inteirinho ainda para mostrar em nossa #SérieColecionadores as curiosidades e maravilhas de coleções que existem por aí! Clique na hashtag e acompanhe! ? <3


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