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O Brasil é considerado o país do futebol, não apenas pela paixão dos brasileiros pelo esporte. Além disso, é o país com mais Copas do Mundo e tem os melhores jogadores da história. No interior de São Paulo há um estádio que já foi palco de pancadarias e alegrias. Sim! Dois extremos. No entanto, explicaremos para você.

A batalha mariliense

Foi na Av. Vicente Ferreira – Cascata, que ocorreu uma verdadeira batalha campal em 18 de Abril de 1954. A partida foi entre torcedores do MAC (Marília Atlético Clube) e policiais contra o rival Noroeste, pelo Campeonato Paulista da 2ª Divisão (atual série A-2), da temporada 1953/54.

O árbitro José Benedito Siqueira Filho, que apitou a vitória do time de Bauru contra o Alviceleste por 2 a 1, teve três costelas quebradas após o conflito.

“O Noroeste era uma equipe bem melhor que a nossa. Eles tinham muitos jogadores de qualidade, enquanto que o MAC era um time limitado, mas com um conjunto muito forte.” Lembrou o diretor de futebol maqueano de base da época, Raul Mário Cunha, em entrevista em 2010.

O jogo e a pancadaria

Informações do Correio de Marília relatam que o Abreuzão estava lotado. Cilno abriu o placar para o time de casa. No entanto, no decorrer do jogo, o árbitro José Benedito Siqueira Filho começou a prejudicar o MAC. Até que o Noroeste conseguiu virar o confronto para 2 a 1.

A torcida começou a ficar furiosa com o comportamento do juiz.

Somente após o apito final, teve início a confusão. Um torcedor, pulou o alambrado e foi ferido com um tiro de revólver, disparado por um dos policiais que estava no gramado.

“Lembro-me que o tiro acertou a barriga do torcedor. Ele virou-se para a multidão que estava na arquibancada e gritou: ‘Olha o que eles me fizeram’. Imediatamente a torcida toda quebrou o alambrado e invadiu o gramado para agredir os policias”, detalhou ‘seu’ Toninho.

Enquanto a torcida foi na direção para agredir os policiais, o árbitro conseguiu correr para os vestiários.

“Tentamos evitar, conseguimos escondê-lo dentro de um dos armários do banheiro, no entanto fora dos vestiários os torcedores estavam enfurecidos querendo o juiz”

Depois disso, veio a invasão aos vestiários, um português chamado Monteiro Violante, achou o juiz José Benedito Siqueira Filho, escondido dentro de um armário.

“Ele gritou: ‘O gajo (termo português para homem) está aqui’. Foi aí que alguns torcedores conseguiram puxar o juiz para fora do vestiário por uma janela”, explicou.

Quando o árbitro estava sendo espancado, alguns policiais tentaram intervir e também foram agredidos pela multidão. A socos e pontapés, os policiais carregaram o juiz, que já estava desmaiado, até uma caminhonete.

Saldo da violência

O Correio de Marília ainda informou que o juiz José Benedito Siqueira Filho teve três costelas quebradas e algumas escoriações, mas seu estado não era grave.

Ele ficou internado por alguns dias na Santa Casa. Sobre o indivíduo baleado não foi dado detalhes, porém ele não morreu. Dos 22 guardas civis que estavam no estádio, 11 tiveram ferimentos leves.

“A informação que nós tivemos foi que José Benedito Siqueira nunca mais apitou um jogo. Ele voltou para São Paulo, onde tinha uma loja de couro”, mencionou o diretor de futebol maqueano da época.

Estádio Municipal Bento de Abreu Sampaio Vidal

Também conhecido como Abreuzão é um estádio de futebol usado principalmente pelo Marília Atlético Clube. Seu nome certamente é uma homenagem a um dos fundadores da cidade de Marília, Bento de Abreu Sampaio Vidal.

O Nome Bento de Abreu Sampaio Vidal é uma homenagem a um dos fundadores da cidade de Marília. Com o objetivo de expandir a malha ferroviária na região, ainda em desenvolvimento na década de 1920. O então deputado estadual Bento de Abreu Sampaio Vidal adquiriu terrenos na região, tornando-se um dos maiores latifundiários locais.

Já em 2002, ano do título da A2 e retornou à elite. Além disso, no 2° semestre daquele ano, conquistou o vice-campeonato da Série C. Assim, o time mariliense passaria a viver os maiores anos de sua história.

Em 2003, fica na elite do Paulistão e avançou ao quadrangular do acesso da Série B – no entanto, morre abraçado com o Sport, enquanto Palmeiras e Botafogo retornam ao Brasileirão. Na temporada seguinte, 11º lugar do Paulistão e 8ª colocação da Série B. Em 2005, seguiu na elite estadual e alcançou a quinta posição da Série B.

Como Chorão já disse: “dias de luta, dias de glória”.


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