O Covid-19 é um vírus que surgiu em dezembro na China e se alastrou por todo o mundo, chegando no Brasil em fevereiro de 2020. Após esse fato, o mundo todo precisou tomar medidas de prevenção a disseminação do vírus. Estabelecimentos fechados, estado de emergência e decreto de quarentena foram algumas delas.

Em Presidente Prudente já conseguimos sentir os efeitos que a pandemia vem causando na região do Oeste Paulista. Mas, durante esse tempo, você já se perguntou como anda a rotina dos prudentinos que saíram do país para viver uma outra cultura?

Estados Unidos ??

A jornalista Mariana Perussi, vive nos EUA desde outubro de 2019, onde mora na casa de uma família anfitriã, trabalhando como Au Pair (programa de trabalho e estudo) em Garden City – Nova York.

Vim para cá, pois sou formada em Comunicação Social, então, um dos meus objetivos de vida e profissionais é obter a fluência no inglês. Antes do Coronavírus, eu tinha uma vida normal, trabalhava de segunda a sexta, fazia cursos, via minhas amigas, viajava e ia no centro. Mas, a partir do dia 15 de março foi decretado estado de emergência e solicitado que as pessoas ficassem em casa, aí começou a ‘loucura’

Segundo Mariana, a falta da liberdade que tinha antes da quarentena é enorme, pois a situação foi tão repentina que, atualmente, ao ver alguém na rua, é necessário trocar de calçada, explicar as crianças que não podem brincar com o vizinho e nem ver os avós, coisas que há dias atrás eram tão comuns.

Eu estou bem, seguindo a quarentena e ficando em casa, só saio para fazer algumas caminhadas, mas sempre lavando a mão e usando o mesmo casaco quando vou para fora, depois coloco tudo para lavar. Sempre tomando os cuidados necessários

A falta da família e amigos que ficaram em Prudente é um sentimento que Mariana carrega há seis meses. Além disso, a comida é outra grande saudade, principalmente a japonesa, que não consegue encontrar com frequência nos EUA.

Sinto falta de encontrar os amigos em qualquer lugar, porque a cidade é pequena, então a gente sabe onde está todo mundo. A comida japonesa daí é incomparável, e também o tradicional molho verde dos lanches prudentinos

Japão ??

Lucca Fukushima Muniz mudou-se com a mãe para Toyota, no dia 10 de outubro de 2019. Com a intenção de conseguir uma remuneração melhor, já que as coisas no Brasil estavam bem difíceis.

Vim morar no Japão, pois sempre foi um sonho meu. Minha rotina antes da chegada do Coronavírus era normal para um adolescente; trabalho e casa. Nas folgas saia para ir ao mercado ou comer fora

O prudentino de origem asiática comenta que o primeiro ministro do Japão decretou nesta terça (07/04) estado de emergência para algumas províncias do país, no entanto, Aichi, onde se localiza Toyota, não foi uma das selecionadas.

Apesar de não estarmos em quarentena, eu trabalho em uma fábrica de comida, então é tudo bastante higiênico e acabo usando máscara o dia inteiro. Para mim, não mudou muita coisa, mas alguns itens começaram a ficar em falta, um dia acabou até o papel higiênico

diz entre risos.

Inglaterra ??

Gabriel Domingos Pereira é a pessoa dessa lista que está há mais tempo longe de Presidente Prudente. Mudou-se para Manchester, na Inglaterra, em agosto de 2017, devido a uma proposta de trabalho que recebeu.

Durante esses quase três anos fora, Gabriel relata as experiências que passa diariamente em outro país.

Viajar é muito barato, o transporte público é bem eficiente e quase nunca está lotado. Os bares são muito movimentados, principalmente no verão. As pessoas aqui aproveitam muito seu tempo livre, era o que eu fazia também, ia para a praça, tomar uma cerveja, conversar ou jogar

De acordo com ele, atualmente, está trabalhando em home office (trabalho em casa) há três semanas, a maior dificuldade que teve após o decreto de quarentena foi com a reação das pessoas ao estocar alimentos. Hoje em dia, parte do problema foi contido, pois existem filas de distanciamento com marcações nos estabelecimentos e limite de clientes por vez.

No geral, Gabriel assume que os ingleses estão respeitando bem a ordem de isolamento, pois também existem policiais nas ruas que abordam os pedestres pedindo para que retornem às suas residências.

O estilo de vida mudou completamente, eu acordo e fico dentro de casa o dia inteiro, saio apenas para ir ao mercado ou exercitar. O que sinto mais falta é de encontrar com os amigos no final do dia, pois como moro sozinho essa era a minha única forma de conversar com alguém. Ultimamente, tenho falado mais com a minha família, quando isso acontece, sempre peço para que eles fiquem em casa o máximo possível e ajustem sua rotina para a situação que estamos enfrentando

A maior saudade que Gabriel sente, está relacionada a família que deixou em Presidente Prudente e os colegas de infância. Mas assim como Mariana, também não esquece da famosa culinária japonesa prudentina.

A falta dos familiares e amigos que cresceram comigo é uma das partes mais difíceis. Outra coisa que sinto falta é da minha comida preferida e não consigo encontrar na Europa como era fácil em Prudente, o rodízio de comida japonesa

finaliza

Apesar da distância, o mundo todo está enfrentando a mesma realidade, fique dentro de casa e, assim, preserve a sua vida e a de outras pessoas também, juntos sairemos dessa!


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