Nesta semana, quem passou pela passarela na Zona Oeste pode ter notado algo fora do comum: bilhetinhos amarelos amarrados na ponte. Quem se aproximava, conseguia ler as mensagens motivacionais como “você não está sozinho”, “sua vida é preciosa” e “você não é um caso perdido”, entre outros. O local não foi escolhido a toa, pois já haviam registros de tentativas de suicídio ali.

A iniciativa foi feita por voluntários (Foto: Brunno Alexandre)

Só em 2019, Marília atingiu a marca de 20 pessoas que tiraram a própria vida. Só no dia 2 de outubro, foram duas ocorrências. Em 2018, foram 18 casos. Mas o ano recorde até agora foi 2013, com 22 registros de suicídio.

Grupos de apoio

Luciana Handa, psicóloga clínica e coordenadora do Grupo de Prevenção ao Suicídio de Marília alerta que “o suicídio é um fenômeno complexo e multifatorial. Quando ele acontece, não se deve buscar uma única causa ou resposta, pois ‘toda resposta vai com aquele que se mata’. Isso por vezes causa muito sofrimento, inclusive para aqueles que ficam”.

A psicóloga também aconselha as pessoas que apresentam automutilação, passam por bullying, situações vexatórias ou humilhates, desemprego, drogadição, alcoolismo ou que sofrem com transtornos psiquiátricos, desilusões amorosas e sofrimento em geral para que “busquem ajuda especializada com profissional psicólogo ou psiquiatra. Em qualquer sinal de desespero, desamparo ou desesperança”.

Para os familiares e amigos que convivem com a pessoa que tem depressão ou idealização suicida, é necessário que “forneçam ajuda com acolhimento e escuta. Levam ao especialista, não julguem ou critique. Ninguém em sofrimento quer chamar a atenção, a pessoa precisa somente de acolhimento na sua dor e sofrimento”.

O Grupo de Prevenção ao Suicídio conta, atualmente, com 40 profissionais voluntários na causa de valorização da vida. Dentre eles, 15 são psicólogos. O objetivo é oferecer atendimento psicológico social para as pessoas que apresentam fatores de risco. O Grupo também oferece palestras, rodas de conversas em escolas e capacitação para professores sobre saúde emocional em crianças e adolescente.

Luciana também informa que “temos três grupos em atuação. Um com mulheres em depressão, outro para enlutados por suicídio (que sofreram perdas de familiares e amigos para o ato) e grupo para tentantes e pessoas com idealização suicida”.

Os grupos atendem a população em geral, para mais informações é só contatar pelo número (14) 997890927. Lembrando também que o Centro de Valorização a Vida funciona 24h por dia, pelo número 188.

Serviços públicos sobre valorização da vida

  • Caps Com-Viver – 3451-4028
  • Caps-i (Infantil) Catavento – 3451-1660
  • Caps AD (Álcool e outras drogas) – 3433-8606
  • CVV – Ligue 188
  • Unidades Básicas de Saúde (Saúde da Família e UBSs)
  • Emergência: SAMU 192, UPA Norte, PA Sul, Pronto Socorro e Hospitais

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