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Todo primeiro passo não se inicia ali, no primeiro passo propriamente dito. Todo início vem de uma história por trás dele: todo escorregão surge de um piso recentemente molhado; todo tropicão vem de uma desatenção ou de um providencial desnível no chão; todo tapa é consequência de uma conversa mais eufórica; todo beijo começa na troca de olhares; todo arco-íris aparece devido à tempestade…

Nada acontece de uma hora para outra, assim, num piscar de olhos… nem mesmo o início. Até que tudo em nossa vida se inicie de fato: nossos projetos, nossos sonhos, nossos propósitos; existe uma vida… uma vida de esperar, uma vida de derrotas, uma vida de frustrações, uma vida de mortes… 

Minha mãe sempre diz que: “Todos veem as pingas que a gente bebe, mas ninguém vê os tombos que a gente leva!”. E é verdade! Todo o sofrimento antes do começo passa despercebido, já reparou nisso? Só quem vive o dia a dia de correrias e trabalho duro entende a labuta. Não que todas as dificuldades desaparecerão depois… muito pelo contrário, triplicarão! Mas sem dificuldades não tem graça, não tem sabor, não tem aquele gostinho de: “Apesar de tudo… eu consegui!”. 

Precisamos dar valor a tudo que vem antes do início, antes das portas se abrirem, antes do primeiro dia, antes do primeiro texto. Sem o antes… nunca existirá um depois


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