Fazer uma cidade melhor, mais confortável, acessível e que respeite e acolha a todos, também é papel de cada um de nós, não é verdade? E quando eu falo ‘a todos’, é todo mundo mesmo, desde nós, seres humanos ?, até os animaizinhos ??? que aqui também moram. E, mesmo que seja uma iniciativa pequeninha, talvez do tamanho de uma sementinha, ela ainda tem a sua importância, nem que seja pra uma pessoa, e pode um dia impactar positivamente muita gente! ?

E essa história que vamos contar, da fundação dessa ONG que ajuda desde os tutores que não têm condições de pagar por consultas ou tratamentos adequados para seus bichinhos de estimação, até àqueles animais que são maltratados e abandonados, vai mais do que inspirar cada um de nós a não desistirmos dos nossos sonhos e objetivos por uma cidade melhor para todos. Bora lá? ?

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Realização de um sonho

A fundadora e presidente da ONG Salva Pet, Denilce Nicola, conta que a iniciativa nasceu da sua vontade, que vem desde criança, de ajudar os animaizinhos que sofriam por não terem cuidados básicos. “Eu era pobre, morava na periferia, não tinha nem o que comer, e eu sempre tive muitos cães de rua. Eu lembro que quando era criança e voltava da escola, a pé, eu pegava os bichos que encontrava pelo caminho. Chegava em casa, muitas vezes, cheia de coco de cachorro, xixi de gato, toda suja. Então desde os primórdios da minha vida eu sempre quis muito ajudá-los.”

O tempo passou, e a quantidade de animais que Denilce perdia por, infelizmente, não ter grana para levar ao veterinário só aumentava. Ela começou então a reparar que, não só ela, mas diversas outras pessoas também queriam cuidar e dar condições melhores ao bichos, mas não tinham dinheiro suficiente pra isso. “Os veterinários estudam e trabalham para sobreviver, então eles não conseguiam fazer caridade, diríamos”, afirma.

Então com 40 anos de idade, Denilce decidiu que era hora de voltar a estudar, e após 5 anos formou-se em Medicina Veterinária. “Eu comecei a fazer atendimentos praticamente gratuitos, porém os veterinários me denunciaram no Conselho Regional de Medicina Veterinária, e o conselho então me multou. Um dia uma pessoa me disse assim: ‘você quer ajudar os animais? Funda uma ONG, porque assim você consegue!'” Ela então pesquisou na internet o processo para se fundar uma ONG e, aí está, a Salva Pet atuando há 4 anos! ?

Fundei a ONG com o intuito de fazer caridade, de atender gratuitamente, mas o que acontece é que a gente não consegue bancar tudo, então trabalhamos com preço de custo. O que arrecadamos é para manter apenas os custos da ONG. Eu não tenho ganho nenhum com a ONG, e o que faço é por amor. Quem trabalha comigo tem salário, ganha porque eles precisam sobreviver.

Pra quem mais precisa

Logo de cara, Denilce já deixa bem claro que é atendido na clínica quem chega lá precisando de ajuda, não importando de onde venha: “Atendemos hoje pessoas vindas, além de Jundiaí, de Francisco Morato, Louveira, Vinhedo, Campinas, São Paulo… não importa. Precisando de um atendimento veterinário e provando pra gente que não tem condições financeiras para levar em um veterinário, aqui ela é atendida.” Nesses 4 anos de funcionamento, já foram mais de 21 mil animais atendidos. ?

A Salva Pet atende 24h e em diversas especialidades, de cardiologia, odontologia, dermatologia e nefrologia, a hematologia, neurologista, ortopedista e até endocrinologista. Ah, ela também possui laboratório e aparelho de ultrassonografia, tudo graças também a doações da população. “O que arrecadamos de ração, casinhas, roupinhas e cobertas, repassamos a abrigos, o que ganhamos de medicação passamos para os clientes que não têm dinheiro para comprar, e o que ganhamos em dinheiro a gente reverte 100% para tratamento desses nossos animais”, esclarece. ?

Superação e perseverança

E histórias recheadas desses dois ingredientes do título é o que não faltam! A veterinária conta, por exemplo, o caso do Brad, um cão que chegou “com a cara toda destruída. Foi um caso comovente. O focinho dele estava todo podre, destruído mesmo, tinha marcas de amarração… acabou que ele não foi mais embora, ficou aqui com a gente porque fizemos um B.O. por maus tratos e abandono e ficamos com o cachorro, que se recuperou“. Um belo final feliz! ?

Ah, e tem também o caso do Bradok, um outro cãozinho que sofreu, viu? Mas não foi por maus tratos não. Denilce conta que Bradok teve que ser submetido a uma segunda cirurgia para tratar uma hérnia, mas de tão danado que ele é, tirava todos os pontos da cirurgia. “Então refizemos a cirurgia, ele voltou pra casa, mas depois de 3 dias ele teve de retornar à clínica porque novamente ele tinha comido os pontos do local. O tutor então pediu para que fosse feita a eutanásia, a gente se recusou e esse paciente passou então 3 meses aqui com a gente, e foi embora bem.” Que bom que com um pouco de paciência e perseverança o animal teve mais uma chance, né? ??

Aliás, olha o Bradok aí gente:

Denilce ainda revela que os planos são grandiosos para o futuro: “O que mais temos é gente que tem bicho e não tem condições de tratar. O nosso objetivo maior é ser, um dia, um hospital público“. Demais, né? Temos certeza que gente que está disposta a ajudar para que isso aconteça não falte! E ó, estamos aqui torcendo para isso para que isso ocorra o mais breve possível! Um lindo trabalho desses, que tanto ajuda nossa cidade e quem mora aqui (seja eles de dois pés ou de quatro patas ?), merece crescer e fazer ainda mais por quem mais precisa. ???

Achou legal o trabalho da ONG? Quer conhecer mais e até ajudar de alguma forma? Então ó, deixamos todas as informações aqui embaixo ?:

ONG Salva Pet

  • Endereço: Avenida Dr. Pedro Soares de Camargo, 50 – Anhangabaú
  • Telefone: (11) 97272-9215
  • Facebook
  • Instagram

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1 COMENTÁRIO

  1. Conheci a ONG por indicação de uma amiga e comecei a levar o meu gato Yoda lá para vacinas e acompanhamento desde que o adotei.
    Com 6 meses ele começou a adoecer frequentemente e precisar de muita atenção e cuidados especiais, chegando a ficar internado por vários dias quando uma Felv felina foi diagnosticada. A Denilce e todos da clínica se tornaram anjos na vida dele e na minha. Se não tivesse recebido toda a ajuda que recebi não teria condições de tratá-lo como tratamos. Agora seguem os cuidados em casa e o acompanhamento da ONG. Só tenho a agradecer!

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