Já parou para pensar em quando e como surgiu a primeira escola de Catanduva? Escolas informais existem desde os primórdios da humanidade, por isso pode ser um pouco complicado sabermos qual a escola mais antiga existente. Entretanto, uma delas é dona de um impressionante registro histórico que comprova a atuação no setor por mais tempo.

Para você poder admirar o trabalho desta escola, o Instituto Estadual Barão do Rio Branco que, historicamente, ficou marcada por ser a mais antiga registrada em Catanduva, trouxemos fotos obtidas por Nelson Bassanetti em pesquisa junto com o diretor Lourival Lourenço nos arquivos da unidade escolar.

Bora para a história? Tem quase 100 anos! Apertem os cintos e vamos voltar no tempo!

Instituto Estadual Barão do Rio Branco possui uma rica história cheia de acontecimentos desde 1926, ano este em que um convite foi estendido para o ex-prefeito municipal de Catanduva, Sr. Adalberto Netto, e para outras pessoas que se destacavam na comunidade “Sociedade Lyceu Nacional Limitada” de São Paulo.

Após diversas discussões a respeito de criar um estabelecimento de ensino que pudesse corresponder ao singular e crescente progresso local e aos anseios da nossa riquíssima região, chegaram na conclusão de fundar o “Lyceu Rio Branco de Catanduva”. O primeiro nome dado a instituição.

Dr. Antonio de Sampaio Dória esteve a frente deste trabalho sendo o primeiro líder da escola e traçou um minucioso plano para formação da nova casa de ensino, alicerçando-a sobre sólidas bases científicas e práticas de molde a garantirem pleno êxito educativo ao empreendimento.

O legislativo de Catanduva apoiou o Instituto, que se efetivou pela Lei Municipal nº. 157 de 09 de junho de 1928. Assim, com a colaboração do poder público local, fundou-se a escola em 1º de agosto de 1928 que se tornaria um dos mais importantes colégios do interior paulista.

A foto é de um grupo de alunos do Lyceu Rio Branco, atual Instituto de Educação Barão do Rio Branco, que naquela época focava na Rua Maranhão, esquina com a Rua Cuiabá, local atual onde funciona a FATEC.  No centro da foto está o Sr. Adalberto Bueno Netto,  que foi um dos precursores da Escola e foi o Prefeito Municipal entre 1936 e 1937 que pode ser a data dessa foto.

Uma das curiosidades é que o Lyceu Rio Branco, atual Instituto de Educação Barão do Rio Branco, para atender as exigências mais urgentes já funcionou na Rua Brasil abaixo da Rua Aracaju, em edifício provisório. Lá, havia várias salas de aula com mobiliário adequado, um amplo dormitório, sala de refeições, pátio de recreio e oferecia os seguintes cursos: Primário, Ginasial, Normal, Comercial e de Datilografia. O primeiro diretor era o professor Aprígio Gonzaga e na Secretaria estava o professor Bruno Pieroni. Faziam parte do primeiro corpo docente os professores Aprígio Gonzaga, Bruno Pieroni, José Cardoso e Dinorah Silveira.

Em 23 de outubro de 1928 a escola já funcionava com 60 alunos no Curso Primário e, pensando na expansão que chegaria no futuro, partiu-se para a construção de um grande e moderno edifício onde receberiam e teriam suporte para mais alunos. O amplo terreno foi doado pelo município e se estabelecia na confluência das ruas Maranhão e Cuiabá, o professor Souza Campos ficou encarregado pelo projeto.

Em 7 de setembro de 1928 foi realizado o lançamento e na ocasião o Dr. Sampaio Dória, presidente da sociedade, ressaltou os propósitos que se congregaram pela instrução e educação da mocidade do Brasil: “O meu propósito é corrigir lhe os defeitos da mocidade catanduvense, suprir-lhes as faltas, melhorar suas qualidades, apurar as aptidões latentes para que triunfem na vida. Catanduva é um milagre de energia criadora, este projeto surgiu por obra de alguma vara mágica e que, de mãos dadas com a população, vamos construir aquele edifício cumprindo com o dever para com a Pátria e trabalhando no combate sem tréguas à ignorância do povo, o mais insidioso de todos os inimigos sociais.” Ao finalizar, realçou que o homem não seria digno de si mesmo se, no decorrer de sua vida, alguma coisa não fizesse pelo bem dos seus semelhantes.

A matéria foi baseada na pesquisa de Nelson Bassanetti, pulicado em jornais da época e no livro “A história de Catanduva de “A a Z”.


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