O médico Vidal Haddad Junior, do Departamento de Dermatologia e Radioterapia da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista (Unesp/Botucatu) é um dos finalistas da 2ª edição do Prêmio Abril & Dasa de Inovação Médica.

Esta é uma das principais iniciativas do setor para reconhecer os profissionais que pesquisam e trabalham para o avanço da ciência e da saúde no Brasil. A edição de 2019 recebeu projetos de todo o país, concebidos em universidades, hospitais, centros de pesquisa, ONGs e sociedades médicas.

Um júri científico, formado por grandes nomes da saúde e da medicina no país definiu os três finalistas nas cinco categorias: Inovação em Medicina Social; Inovação em Medicina Diagnóstica; Inovação em Genética; Inovação em Tratamento e Inovação em Prevenção. Os vencedores serão anunciados em uma cerimônia marcada para o dia 8 de novembro, em São Paulo.

O médico botucatuense é finalista na categoria Inovação em Medicina Social com o projeto “Pescadores do Brasil: educação comunitária para tratamento e prevenção de envenenamentos e traumas por animais aquáticos”.

Os outros dois projetos que concorrem ao prêmio são “Operando na Amazônia”, de Ricardo Affonso Ferreira (Associação Expedicionários da Saúde) e “Sistema Nacional de Controle de Medicamentos”, de Vidal Augusto Zapparoli Castro Melo, Marisa Riscalla Madi, Eduardo Mario Dias, Alinne Lopomo Beteto, Aecio Meneses Alves, Leonardo Eloi Mathias, Anderson Eleuterio, Eduardo Almeida e Antonio Joaquim Meneses (Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Núcleo de Inovação Tecnológica do Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (InovaHC/InRad/USP), Grupo de pesquisa em Automação e Gestão da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (GAESI/ USP) e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento).

Proteção para os pescadores brasileiros

O trabalho de Vidal Haddad Júnior tem como objetivo a educação comunitária para o tratamento e prevenção de envenenamento e trauma causados por animais aquáticos.

No país, há aproximadamente 1 milhão pessoas cuja sobrevivência está ligada às atividades de pesca. Este contingente está sujeito a ferimentos de ferrão, barbatana e espinha, para não mencionar o risco de envenenamento por espécies como o escorpião e os perigos da exposição ao sol por longos períodos sem proteção.

O dermatologista criou o projeto “Pescadores do Brasil”. Implementada há 20 anos, a iniciativa traz benefícios positivos para a sociedade através de campanhas de conscientização para a prevenção de acidentes (envenenamentos e traumas) por animais aquáticos voltadas tanto para pescadores como para suas famílias.

O trabalho é desenvolvido em colônias de Santa Catarina, Paraná, Pará, Ceará e São Paulo, além de áreas pantaneiras. Os alertas são feitos em conferências e através de folhetos, cartazes e quadrinhos usando uma linguagem simples e fácil de entender.

Centenas de colônias de pescadores marinhos e fluviais já foram visitadas e receberam informações sobre primeiros socorros por acidentes por peixes, águas-vivas, caravelas e ouriços-do-mar de cada região do país. Com a implementação das iniciativas, algumas colônias contempladas atingiram taxas de acidentes zero.

Financiamento internacional

Em seu site, a Sociedade Brasileira de Dematologia destacou recentemente que o projeto foi indicado para receber apoio da Liga Internacional de Sociedades de Dermatologia (ILDS) pela sua relevância social e científica.

O financiamento foi concedido por meio do Projeto ILDS DermLink, que visa contribuir para a assistência dermatológica em comunidades carentes sob a temática dermatologia tropical e saúde de populações migrantes. É administrado por meio da International Foundation Dermatology (IFD).


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