Lucas Pontes, 24 anos, botucatuense, é estudante de Psicologia e foi diagnosticado há quatro anos com Autismo, especificamente com Síndrome de Asperger.

Devido as dificuldades na socialização e na comunicação, Lucas abriu uma conta no Instagram, o “Lucas Atipico”, para expor seus desenhos. Começou a criar conteúdos sobre autismo, a resposta foi bem positiva, e hoje conta com mais de 50 mil seguidores de todo o país.

“A ideia inicial era colocar apenas meus desenhos, mas depois comecei a criar alguns conteúdos sobre autismo, as pessoas gostaram muito e o perfil começou a crescer.”

Lucas e seu cachorro Ringo.
“É difícil para um autista interagir socialmente, então os cachorros podem ajudar muito por serem ótimos companheiros.”

O estudante usou da sua condição para ajudar a desmistificar e combater o preconceito. A conta virou uma rede de trocas e apoio:

“Quando estou criando os posts, eu questiono vários autistas para saber o que eles sentem referente a alguma situação específica.”

A Síndrome de Asperger não é uma doença

Pedimos para o Lucas nos explicar um pouco mais sobre a Síndrome de Asperger:

“O Asperger se encontra na “ponta” do autista, sendo a forma mais branda de autismo. As características marcantes da síndrome são as dificuldades na socialização e comunicação, assim como os interesses restritos.

Essas características também são presentes entre outros graus de autismo, seja ele leve, moderado ou severo, o que diferencia é a intensidade em que estas dificuldades se manifestam dentro do espectro.

Pessoas com Asperger também podem ter dificuldade em manter contato visual, possuir sensibilidade ao contato físico, barulhos e luzes, terem interesses restritos em assuntos específicos, entre outras tantas características.

Os aspies (abreviação de asperger) possuem a inteligência na média, ou acima da média, sendo geralmente pessoas com alto nível de concentração e criatividade.

Assim como o autismo, a síndrome de asperger não é uma doença, mas sim uma condição, um transtorno do desenvolvimento.

Não há cura e nem uma causa única para o Asperger ou qualquer outro grau de autismo. É possível buscar uma alta qualidade de vida com alguns tratamentos, como a terapia e o acompanhamento psiquiátrico e neurológico.”


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3 COMENTÁRIOS

  1. Lucas é demais! Está fazendo tudo de melhor para q as pessoas saibam o q é o autismo.
    Grande trabalho para a inclusão e o preconceito.
    Parabéns Lucas!

  2. Parabéns…esse tipo de pessoa me faz ter orgulho de nascer em Botucatu!! Pense num trabalho bacana!!

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