A obra da escritora botucatuense Maria José Dupré, “A Ilha Perdida” quebra barreiras da série Vaga-Lume como a obra mais vendida da coleção, em quase 50 anos de existência da série.

Estimativas divulgadas pela editora dão conta que a obra literária já ultrapassou a marca de 3,5 milhões de cópias vendidas nos últimos 44 anos. Sem dúvida, isso o torna leitura obrigatória para qualquer botucatuense raiz.

Os livros de Dupré também constam na lista de 15 melhores da coleção pelo site Revista Bula, no caso as duas obras lançadas por ela pela coleção estão na listagem.

Dois botucatuenses escrevendo para a mesma coleção

Você conhece ou gostava da série de livros? Pois saiba que as obras dessa coleção lançada nos anos 1970, fez e ainda faz parte da infância e adolescência de muita gente.

O que pouca gente sabe é que além de Dupré outro escritor botucatuenses faz parte do seleto grupo de autores da editora, o autor de literatura infanto juvenil, trata-se de Francisco Marins.

Juntos eles somam 7 lançamentos pela coleção, sendo cinco obras de Marins e duas de Dupré.

A coleção Vagalume


Os livros selecionados a dedo pela editora Ática traziam ficha técnica e guia de leitura didático e o que tornam as obras leituras obrigatórias em escolas até hoje.

Os lançamentos da série seguiram até 2013 possuindo um catálogo que chega a mais de 90 exemplares.

Ao longo dos anos a série se remodelou e a segmento original tem 69 livros lançados enquanto que 22 obras, pertencem ao braço Júnior da coleção.

Quem foi Maria José Dupré

O livro “A Ilha Perdida” foi lançado em 1974

Maria José Dupré, cujo pseudônimo era Sra. Leandro Dupré nasceu em Botucatu no dia, 1 de maio de 1898 e faleceu em São Paulo no dia 15 de maio de 1984, ganhou fama nacional pelo livro, Éramos Seis, considerado sua obra prima e a série de livros infantis o Cachorrinho Samba. Passou parte da infância na Fazenda Bela Vista.

Em 1939 publicou o conto Meninas tristes, no suplemento literário de O Estado de S. Paulo, com o pseudônimo de Mary Joseph, incentivada pelo esposo, que dizia que suas narrativas eram “contos orais” que mereciam ser escritos.

Teve sua primeira obra literária publicada em 1941, intitulada O Romance de Teresa Bernard e em 1943, passa a se dedicar a obras infantis.

As obras destinadas a esse público posicionaram a autora entre as principais autoras do gênero no País. Além da Série Vaga-Lume Dupré também escreveu a coleção As Aventuras do Cachorrinho Samba, que garantiu a ela o Prêmio Jabuti da Câmara Brasileira do Livro.

Dupré participou da diretoria da Sociedade Paulista de Escritores, assumiu a função de vice-presidente da Creche Baronesa de Limeira e da entidade beneficente Gota de Leite – trabalhos feministas, comandava as lutas feministas do Brasil nas décadas de 30 e 1940

Você conhece Francisco Marins?

O escritor Francisco Marins lançou cinco obras pela série Vaga Lume

Francisco Marins nasceu em São Manuel, no dia 23 de novembro de 1922, mas morou em Botucatu a maior parte de sua vida, vindo a falecer em 2016.

Sua extensa obra foi traduzida em quinze línguas e tem o mérito de ser o único autor brasileiro na coleção Européia “Delphin”. Era membro da Academia Paulista de Letras e responde pela surpreendente marca de mais de cinco milhões de livros vendidos.

A juventude de Marins foi em uma típica propriedade rural imortalizada em sua obra com o nome de Taquara-Póca. Sua obra retrata a vida no interior e relatos reais e fictícios sobre a conquista do território brasileiro.

Autores e obras lançadas pela série Vaga-Lume

• A Ilha Perdida (Maria José Dupré); 1973

Maria José Dupré escreveu a Ilha Perdida e em 1944 pela Editora Brasiliense e foi republicado pela Série Vaga-Lume em 1973. O enredo mostrava as aventuras de Eduardo e Henrique, que exploravam uma ilha misteriosa e acabavam aprendendo sobre o amor à natureza com um velho sábio.

• Éramos seis (Maria José Dupré); 1974


A obra é um clássicos da coleção Vaga-Lume. No livro a escritora retrata a força e a união de uma família para vencer os conflitos e a pobreza, numa mensagem de coragem. Publicado em 1943, o romance foi adaptado para o cinema, e televisão em quatro ocasiões, inclusive novelas.

• A Aldeia Sagrada (Francisco Marins); 1994

Em A Aldeia Sagrada, uma seca terrível assola o sertão e Didico anda à toa pela caatinga, tentando sobreviver. Mas ele terá de enfrentar uma guerra terrível. O romance se passa em 1897: os homens de Antonio Conselheiro estão dispostos a tudo, defendendo-se dos ataques dos militares.

• O Mistério dos Morros Dourados (Francisco Marins); 1985

O Mistério dos Morros Dourados questiona a existência da Mina dos Martírios? Ou suas incríveis riquezas não passam de uma lenda fantástica? É o que pretendem descobrir os aventureiros Tonico e Perova. Enfrentando os perigos dos sertões, os dois conseguirão resolver o mistério dos Morros Dourados?

• A Montanha das Duas Cabeças (Francisco Marins) ; 1988

A Montanha de Duas Cabeças se passa no século XX, Tonico e Perova, dois aventureiros, enfrentam o perigo, desbravando a imensidão das matas brasileiras. O contato com índios, animais selvagens e exploradores em busca de ouro e diamantes marca a sua trajetória, em direção à Montanha das Duas Cabeças. Neste livro clássico conhece a vida arriscada dos pioneiros da expansão do território do Brasil.

• Em Busca do Diamante (Francisco Marins); 1995

Em Busca do Diamante, fala sobre um norme diamante destinado ao Imperador acaba de desaparecer misteriosamente. A suspeita logo recai sobre os integrantes da Expedição Langsdorff. Para provar a inocência de seus amigos, Tonico e Perova se lançaram em uma aventura que os colocará diante de tribos desconhecidas, escravos fugidos, bandidos perigosos e rios traiçoeiros.

• A Guerra de Canudos; 2013

A obra trata da história de Antônio Conselheiro, que fundou nos sertões longínquos a aldeia de Canudos, de um modo a atingir o público jovem. Essa foi uma tentativa do autor para que todos conheçam uma das mais terríveis guerras sertanejas!

Avalie este conteúdo

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor, deixe o seu comentário
Por favor insira o seu nome aqui