Com o frio intenso desta semana na Cidade Sem Limites, não são apenas as pessoas que precisam de acolhimento e cuidados: os bichos também. Por isso, o Zoo Bauru, que abriga 700 animais de 170 espécies, instalou diversas estruturas para proteger seus moradores.

Levando em conta o fato de que cada espécie possui características e morfologia próprias, as necessidades e a resistência às baixas temperaturas são variáveis. “No geral, os mamíferos precisam de mais atenção. Nós temos aqui, por exemplo, primatas amazônicos e da região Sudeste, que precisam (e merecem) ficar aquecidos, bem como os répteis, que são suscetíveis ao frio, e os animais idosos. Já as aves conseguem regular a temperatura de maneira um pouco mais satisfatória”, destaca Cláudia Ladeira, Diretora de Divisão do Parque Zoológico Municipal.

De acordo com a zootecnista, o grande problema, na verdade, foi mudança brusca e repentina do clima. “Nós passamos, em 15 dias, de 34 ou 35 para 6 e 7 graus. Pensando nos prejuízos que a frente fria pode trazer: os animais ficam letárgicos, demoram muito para se esquentar, possivelmente vão se alimentar mal, queimam muita caloria e passam noites desconfortáveis. Então, o ideal é proporcionar mais comodidade. Eles procuram o sol e tem dias que está demorando muito para sair”, explica a especialista.

Estruturas para amenizar os impactos do frio

No Zoo Bauru, há uma área atrás dos recintos que funciona como o quarto dos animais e é usada também para alimentação. Segundo Claúdia, os grandes felinos e grandes primatas africanos, por exemplo, dormem nesse espaço. Já os brasileiros têm o cambeamento aberto (assim, entram e saem).

“Estamos dando condições para eles se sentirem mais confortáveis e aquecidos: usando camas de feno, aquecedores, como é o caso dos saguis, ou caixas aquecidas com lâmpadas”, explica a diretora do zoológico. Na casa dos répteis, existem vários tipos de recursos. Para os animais de ambiente aquático, como a sucuri, a especialista destaca que a água é aquecida.

As iguanas têm ar-condicionado quente e frio e, no aquário, que está fechado para visitação porque está em fase de remodelação, os peixes têm aquecedor também na água. Para os tamanduás e no setor extra, de animais em tratamento, foram instaladas, além das camas de feno, sombrite para evitar os ventos.

“A opção das redes a gente já usava nos recintos (que são abertos) para os bichos terem mais uma possibilidade para deitar. Agora, nós estamos instalando no cambeamento, que é um lugar mais fechado e aquecido para eles dormiram”, acrescenta Cláudia. As redes em questão são confeccionadas a partir de mangueiras de combate a incêndio. Assim, a população pode doar para o Zoo esses materiais, ao invés de descartá-los, de empresas e edifícios em geral que estejam fora do prazo de utilização – as mangueiras precisam ser trocadas periodicamente.

Por fim, a diretora do zoológico ressalta: “A gente tenta, dessa forma, se adequar às necessidades das várias espécies que temos aqui. Estamos fazendo todo o possível! Alguns só precisam de uma casinha, como os ouriços, e outros exigem mais cuidados”.

Centro de Controle de Zoonoses (CCZ)

O CCZ de Bauru está arrecadando roupinhas dos mais diversos tamanhos, cobertores e mantas com o objetivo de proteger os bichinhos abrigados no local.

Atualmente, são cerca de 50 cães e 58 gatos, adultos e filhotes, tanto machos quanto fêmeas, disponíveis para adoção. Os animais foram resgatados após passarem por situações de abandono ou serem vítimas de maus tratos e, depois de receberem todos os cuidados, encontram-se no CCZ esperando por uma nova família.

Zoo Bauru instala equipamentos para proteger animais do frio. Arte sobre CCZ
Arte: Divulgação

As doações podem ser entregues na sede do CCZ, na Rua Henrique Hunzicker, quadra 01 s/nº, Jardim Bom Samaritano, de segunda a sexta, das 8h às 16h.

Zoo Bauru

O Zoológico de Bauru está aberto para visitação todos os dias, inclusive sábado, domingo e feriados.

Horário de funcionamento: de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h, sábado, domingo e feriados das 8h às 17h.

De segunda a sexta-feira, a Casa de Répteis fecha das 11h30min às 13h30min.

O valor do ingresso é de cinco reais para crianças a partir de 05 anos e adultos. Idosos pagam meia e os pequenos com menos de cinco anos têm entrada gratuita.

Endereço: Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-225), km 232.

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