O início do bairro começou a ser formado no fim da década de 1870 pelos fundadores Vitoriano de Souza Rocha e Domiciano José de Sant’Ana que doaram as terras. Tal momento histórico é muito bem representado através do quadro “O Sonho do Major” do artista Augusto Esteves. Na pintura, os dois tropeiros são retratados observando o local e imaginando futuras construções, em meados do século XIX. A pintura está disponível para observação no Centro Avareense de Integração Cultural (CAIC).

Foto: Solutudo Avaré – Centro Avareense de Integração Cultural

A igreja, começo de tudo

Conta-se que o Major era devoto de Nossa Senhora das Dores e em gratidão ao parto (que era de risco) do seu filho ter corrido bem. Ele cumpriu a promessa e ergueu a capela em agradecimento a santa em 1860. A partir da pequena igreja construída o povoado começou a crescer. Em 1875, a Vila de Nossa Senhora das Dores do Rio Novo (atual Avaré) foi emancipada e obteve o direito de poder eleger seus governantes. Até então, a aldeia pertencia a Vila de Sant’Ana de Botucatu (atual Botucatu).

Bairro Alto

Uma das expansões da cidade começou em frente à Igreja na parte elevada, onde é localizado hoje o Bairro Alto, caracterizado como o bairro residencial mais antigo de Avaré com 150 anos. Os moradores eram, principalmente, imigrantes italianos e portugueses como os Negrão, os Arruda, os Piagentini e os Contrucci.

Vista do Bairro Alto (1966) Foto: Centro Avareense de Integração Cultural
Vista do Bairro Alto (1905) – Foto: Centro Avareense de Integração Cultural

Curiosidades do Bairro

O principal fundador da cidade, o Major, morou no Bairro Alto na esquina da atual Rua Major Vitoriano (que recebeu o nome como homenagem) com a Praça Sonho do Major. O bairro também já hospedou um cemitério no início dos anos 1880 (o Cemitério Paroquial de Nossa Senhora das Dores) que foi desativado em 1930.

Já a famosa Igreja do bairro, a Nossa Senhora da Boa Morte, surgiu a princípio como um oratório familiar do Capitão Francisco das Chagas Negrão e sua esposa Francisca Sabina das Chagas. Como o casal tinha conhecidos na Corte Imperial, escreveram a família real e ganharam de presente da Imperatriz Teresa Cristina (esposa do Imperador Pedro II) uma imagem e um crucifixo. A pequena imagem continua no altar da capela para os fies apreciarem e orarem.

Velha Capela da Boa Morte (pouco antes de sua demolição) – Foto: Centro Avareense de Integração Cultural
Estatueta de Nossa Senhora da Boa Morte

Fonte: Gesiel Júnior


Você já conhecia estas curiosidades sobre o Bairro Alto? Conta para a gente nos comentários!


Se você tiver alguma história bacana de Avaré, manda para a gente pelo e-mail: [email protected]


4.3/5 - (10 votes)

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor, deixe o seu comentário
Por favor insira o seu nome aqui