Muitos aracajuanos passam despercebidos pela famosa avenida Mario Jorge na Coroa do Meio. O seu nome não é em homenagem a nenhum político importante, muito menos a algum engenheiro ou médico famoso da cidade.
Nascido em Aracaju em 1946, Mario Jorge foi nada mais do que o primeiro poeta concretista sergipano. Tinha uma obra ácida e subversiva. Era militante e artista em plena ditadura militar.
História e Obra
Mario Jorge era ativista político filiado ao PCB, foi preso em 1968 por vandalismo e supostamente “atividades subversivas”. Tudo isso pelo fato da sua única obra publicada quando era vivo, a famosa “Edição Envelope Revolição”. Ficou quatro anos preso, respondeu em liberdade e foi absolvido em 1972 em Aracaju.
Além da Edição Envelope Revolição, Mario Jorge também produziu diversos artigos para jornal, além de um extenso material que inclui poemas, fragmentos e ideias que permeavam a mente do brilhante artista sergipano.
Morte
No dia 11 de janeiro de 1973, Mario Jorge sofre um trágico acidente de carro e morre fatalmente aos 27 anos. Mesmo após a sua morte, o poeta teve sua obra póstuma publicada em: Poemas de Mário Jorge (1982), Silêncios Soltos (1993), Cuidado, Silêncios Soltos (1993), De Repente, há Urgência (1997), e A Noite que nos habita (2003). Artistas de todo o Brasil reverenciam sua obra como um grande divisor de águas para a poesia sergipana.
Gostou desse conteúdo? Deixe seu comentário no campo abaixo! E se você conhece alguma história bacana da sua cidade e quer que ela seja contada aqui, entre em contato pelo e-mail: [email protected]