O Rio Lençóis
Com nascente muito acima do Seminário Santo Antônio, dentro da Fazenda Primavera em Agudos, tem quase todo seu corpo espalhado por Lençóis Paulista e fazendo os limites geográficos de Macatuba, Areiópolis, Igaraçu do Tietê, São Manuel, Borebi e o Distrito de Alfredo Guedes, o Rio se faz presente nas vidas de centenas de moradores.
O rio e suas cidades
O Rio Lençóis está situado na bacia hidrográfica Tietê-Jacaré e está diretamente conectado à formação histórica, desenvolvimento rural e urbano, ao abastecimento da população e ao imaginário popular, por ser o único rio que corre ao contrário dos demais, do Oeste para o Leste.
Uma das teorias aceitas é que o Rio Lençóis é o motivo do nome que a cidade carrega hoje devido ao aspecto das águas afluentes do rio em sua foz, em Igaraçu do Tietê, no próprio grandioso Tietê.
O Lençóis possuía nível inferior às águas do Tietê e formava no encontro deles um aspecto parecido com lençóis brancos, uma espuma espessa cobria toda a região.
Córregos e bairros
O Rio Lençóis é considerado um importante afluente do Tietê na sua margem esquerda. Possui ainda vários afluentes como o Córrego Faxinal, Córrego Marimbondo, Córrego da Prata, Córrego Cachoeirinha, Córrego Corvo Branco, Córrego da Farturinha, Córrego da Barra Grande, entre outros que além de abastecerem a região, dão nomes à importantes bairros e comunidades rurais conectadas a cidade.
PHC Lençóis: A Usininha
A foz do Rio Lençóis está localizada entre Macatuba e Igaraçu do Tiete, com 8 quilômetros de extensão. E nela se encontra a segunda hidrelétrica mais antiga do Brasil, a PCH Lençóis, ou como é conhecida, a Usininha.
PCH significa uma usina de pequeno porte que produz energia elétrica utilizando-se das águas do rio. De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), para ser considerada uma PCH deve ter uma potência entre 1 MW e 30 MW.
Mais de 100 anos em atividade
Inaugurada em 1917 continua em atividade, agora modernizada e automatizada. Não possui funcionários presencialmente, todo o trabalho é remoto, sendo administrada pela CPFL Renováveis em Jundiaí. A barragem fica muito acima da Casa de Maquinas, numa queda de quase 23 metros e gera 1.6MW o que equivale ao abastecimento completo de 100 casas por hora.
O complexo da Usininha é conhecido como o museu da energia elétrica a céu aberto. O conjunto arquitetônico ao lado do prédio da Casa das Máquinas está preservado. O acervo é considerado um conjunto museológico.
Esporadicamente, recebe visita de estudantes, porém é necessário agendar com muita antecedência através do site da CPFL Renováveis para que eles enviem um funcionário para realizar a visita guiada.
Uma ótima dica de turismo rural e histórico na região! ?