Dos mais antigos, até alguns mais novos moradores de Tatuí, muitos se lembram da “Patrulha Mirim”.

Programa que visava dar oportunidades para os jovens tatuianos. Os “guardinhas” faziam seus trabalhos, patrulhavam as ruas, e até desfilavam em importantes datas da cidade. Embarque nessa marcante nostalgia tatuiana! ?‍♂️

Fonte: Facebook

Os antigos guardinhas

A “Guarda Mirim” sempre foi um tradicional projeto da cidade. Criado para dar oportunidade de trabalho, e aprendizado de disciplina dos jovens, a Patrulha Mirim era muito querida na cidade! Muitos tatuianos participaram ao longo dos anos. A Patrulha tinha até local fixo.

O dinheiro arrecadado pela Guarda Mirim, além de pagar os “guardinhas”, ainda ajudava a Casa do Bom Menino (instituição da cidade).

Fonte: Facebook Zuzinha

A importância da Guarda Mirim

Samuel Faria, nascido em Tatuí, hoje é empresário em outra cidade, e conta como ter sido participante da Guarda em seus tempos de adolescência foi fundamental em seu processo de crescimento.

Samuel Faria.

“A Guarda Mirim cumpriu um papel fundamental na minha formação na adolescência, no que se refere à questão do trabalho. Com 10 anos de idade eu pedi para o meu pai me colocar na guarda, e só saí com meus 14 anos de idade. Trabalhei em todos os setores possíveis que um guarda mirim poderia trabalhar. Na rua, fiz estágio em algumas empresas conhecidas na cidade, como a empresa Igarapé, fiz estágio na loja Tatuí Elegante Móveis, trabalhei também na antiga companhia de energia do estado de São Paulo, todas essas experiências na guarda mirim. Por fim, trabalhei como monitor, e posteriormente instrutor dos monitores. Conheci e convivi com pessoas muito importantes, como a Cristina, Nivaldo, Tenente Monteiro, e várias outras pessoas marcantes que passaram na liderança da guarda mirim”.

Samuel na época de “guardinha”.

Guardinhas em ação

E como bons guardas, é claro que tem muitas histórias interessantes. Uma delas, é uma que foi contada por Antonio Carlos, em comentários no facebook. Ele conta um episódio onde na época em que era “guardinha”, conseguiu recuperar uma bicicleta que tinha sido roubada. Veja só esse comentário incrível!

“Acho que eu tinha realmente 11 anos. Foi quando, sendo guarda Mirim, consegui abordar o cara que tinha roubado minha Caloi Berlineta ano 71, de cor verde e branco, a qual o meliante havia repintado de azul claro com pinceladas mau feitas…reconheci minha bicicleta por uma mancha verde no acento branco e pelo número do quadro 4413…fomos retirar a bicicleta no antigo fórum que era atrás do Museu Paulo Setúbal, na presença do ladrão vulgo “santinho preto” e o Dr. Ernani Cavalcanti, comissário de menores e claro, minha advogada saudosa Dra. Maria de Araújo Paula…kkkk…pra mim, como Guarda Mirim, foi uma enorme conquista a recuperação de minha própria bicicleta roubada…bons tempos!”

E até time de futebol tinha. Comandado por “Ditinho”, os guardinhas davam show no futebol da cidade!

Entre idas e vindas

Por algumas vezes, o projeto da “Patrulha Mirim” foi retomado, mas posteriormente acabou parando novamente. Alguns vereadores da cidade, ainda tentam somar esforços para trazer de volta o tão querido projeto da Patrulha Mirim. Recentemente, a vereadora Debora Camargo protocolou um requerimento para pedir o retorno da Patrulha Mirim na cidade. Segundo a vereadora,

“A patrulha tem como objetivo, atender adolescentes de 14 a 24 anos, de
ambos os sexos, sem distinção de classe econômica, social e profissional, visando
o encaminhamento dos mesmos ao mundo do trabalho, objetivando o
desenvolvimento profissional e intelectual dos adolescentes, valorizando os
prospectos da educação, da cultura e do trabalho, buscando a integração dos
mesmos na sociedade, bem como promover o seu protagonismo na busca da
garantia de seus direitos.”

E aí, saudade da guarda mirim? É a favor do retorno do projeto? Você já participou? Está em alguma dessas fotos? Tem mais informações, histórias, e fotos legais desse tempo? Envie pra gente!


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3 COMENTÁRIOS

  1. Fui guarda mirim dos meus 9 aos 14 anos , trabalhei na padaria Indaiá e na Equipar som foi no início dos anos 90, recordo de muitas coisas como o cachorrão que vendia a metade para os guardinhas na rua 11 de agosto era 50 centavos a metade do lanche, e de momentos mais tensos como o Serial Miller Osvaldo Sonego que matou um amigo guardinha, tantas lembranças.

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