Diariamente, os moradores de Brasília que pegam a linha de ônibus 501.3 no bairro Riacho Fundo II por volta das 12h presenciam uma cena inspiradora.
Um dos passageiros, Roberto Carlos Moreira, 53 anos, é deficiente visual desde o nascimento e trabalha no Hospital Regional da Asa Norte (Hran). Por fazer todos os dias o mesmo trajeto, ele virou amigo do motorista Edelcio Gonçalves dos Santos e do cobrador Rafael Almeida.
A amizade transformou o percurso em um processo bem mais fácil para Roberto. Vendo a dificuldade que ele tinha para chegar até o ponto de ônibus após o expediente, o motorista e o cobrador passaram a ajudá-lo.
O funcionário do hospital aguarda em frente a porta a chegada de Rafael, que vai buscá-lo no final do expediente, ao meio-dia. No ponto, que fica a alguns metros de distância do local, Edelcio aguarda a chegada dos dois para continuar o trajeto.
“Sempre que parava naquele lugar, via a dificuldade do Roberto. Daí, falei para o Rafael, que é sempre muito comunicativo: ‘Pega ele lá para nós’. Depois desse dia, virou rotina e nós nos tornamos colegas”, conta o motorista.
Falta de acessibilidade
A falta de estrutura acessível é um problema que a maioria das pessoas com deficiência enfrenta diariamente. Uma dessas pessoas é o Roberto, que comenta: “‘quando vou para casa, é sempre um malabarismo, porque na quadra que moro falta muita acessibilidade para a comunidade cega. Encontrar pessoas assim, que se mobilizam para nos ajudar, é muito bom. Mas a comunicação é essencial para tudo isso”.
O gesto dos funcionários do ônibus chamou atenção da passageira Larissa Crhistini Mendes Almeida, que pega a mesma linha todos os dias. Ela gravou a cena e postou o vídeo abaixo, que já teve mais de 80 mil visualizações, em seu Twitter.
Fontes: Razões para Acreditar; Metrópoles
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