Além da carência de acessibilidade na maioria dos locais, um dos maiores obstáculos de pessoas com deficiência é o custo dos itens que podem ajudá-las no dia a dia. Um andador para pessoas com dificuldades motoras, por exemplo, pode chegar a custar até 3 mil reais.
Foi pensando nas crianças que convivem com essa dificuldade, que alunos e professores da Firjan SENAI Nova Friburgo, do Rio de Janeiro, criaram um modelo de andador feito de canos de PVC.
O custo do equipamento é cerca de 18 vezes menor do que um tradicional feito com alumínio. Segundo o instrutor do projeto, Fábio Paredes, o andador pode ser utilizado por crianças de 4 a 12 anos e foi confeccionado pela turma de Mecânica e Manutenção. Os oito protótipos foram doados para as instituições Apae, Santuário Cristo Redentor e Casa do Papai Noel da cidade.
A fisioterapeuta da Apae, Carla Braga Dias, aprovou a tecnologia, pois as rodinhas deixam as crianças mais livres para se locomoverem. “Outro ganho da utilização do andador é a postura, já que o equipamento faz base nas costas e tem um freio que não deixa as crianças deslizarem para trás”, comenta.
Aprendizado para os alunos
Foram três meses de desenvolvimento do projeto, que será divulgado no site para que cada vez mais crianças sejam contempladas com o andador. A ideia é que ele seja replicado por outras pessoas.
“Nosso objetivo é que o equipamento passe a ser replicado em todo Brasil para que mais crianças que apresentem limitações motoras tenham a oportunidade de se desenvolver”, declara o instrutor Fábio.
Para os alunos da Firjan SENAI, colocar em prática o que aprenderam em sala de aula e ainda colaborar com uma causa é uma oportunidade única. A aluna Cíntia Lorraine Silva (18), afirma: “para nós está sendo um aprendizado e tanto. Conseguimos utilizar um material mais barato e construir um equipamento de fácil acesso vai fazer a diferença na vida de quem mais precisa”.
A inspiração do projeto surgiu depois que a mãe de um aluno da unidade levou o andador antigo do filho para os instrutores. Ana Márcia Hildebrandt foi atrás de reformar o objeto antes de doá-lo e sua ação foi que motivou a equipe da escola.
“Só eu sei a dificuldade que meu filho teve para aprender a caminhar e tenho certeza que esses andadores farão a diferença no desenvolvimento de muitas crianças”, declara Ana.
Fonte: Razões para Acreditar
Gostou desse conteúdo? Deixe seu comentário no campo abaixo! E se você conhece alguma história bacana da sua cidade e quer que ela seja contada aqui, entre em contato pelo e-mail: [email protected]
